Internado há mais de dois meses na luta contra a Covid-19, o gerente de banco Francisco Martins Rodrigues Barbosa, de 52 anos, voltou para casa, em Rio Branco, na última sexta-feira (18), após vencer a luta contra a Covid-19. Ao todo foram 64 dias de interação.
“Tive muito medo de morrer e não ver minha família mais. Foi uma segunda oportunidade que Deus me deu”, contou.
Martins foi internado no dia 14 de abril em um hospital particular de Rio Branco, mas o quadro dele piorou e foi levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de outro hospital particular também na capital acreana, no dia 22. Três dias depois, ele foi intubado.
Sem apresentar melhora e com 90% dos pulmões comprometidos, ele foi transferido em uma UTI aérea para um hospital em Brasília, no dia 8 de maio. Lá, foram mais 40 dias internado, tratando os pulmões que ficaram debilitados pelos efeitos da doença. Do período de internação dele, 18 dias ficou intubado.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/E/j/yBtoDAQfWnuOhYNBK6EA/martin.jpg?w=9999&ssl=1)
Gerente de banco Francisco Martins voltou para casa na sexta-feira (18) — Foto: Arquivo pessoal
Volta para casa
Só na sexta (18), o gerente recebeu alta e no mesmo dia voltou para o Acre e para a família dele. Ainda debilitado pelos efeitos da doença, ele comemora por ter voltado para casa e estar perto da família.
“Na segunda-feira (14), o médico me avaliou e disse ia me desmamar total e se eu conseguisse ficar dois dias sem oxigênio, receberia alta na sexta. Como tolerei bem, ele me deu alta e foi muito bom voltar para a família. Considero isso um milagre. Foi uma graça recebida de Deus”, comemorou.
Martins contou que não teve nenhum comprometimento nos outros órgãos vitais, sendo que todas as consequências ficaram nos pulmões e, por isso, ele ficou tanto tempo internado para poder recuperar e conseguir respirar sozinho.
“Peguei alta às 7h e às 9h já peguei o voo. É um vírus maluco. E agora ainda estou no período pós-Covid, fazendo fisioterapia para me recuperar. Perdi mais de 50% da musculatura devido o longo período internado e a gente fica muito debilitado, cansado. É um processo doloroso”, contou.
Sobre todo o processo, ele disse que teve medo de não voltar. Porém, a intubação não lhe causou receio porque sabia que era a chance de sobreviver. “Quando soube que ia ser intubado, não tive medo porque era intubar ou morrer.”
Martins não conseguiu tomar a vacina ainda, que em Rio Branco está na faixa etária dos 38 anos acima, porque quando foi internado em abril, ainda não estava disponível para a idade dele. Agora, Martins disse que aguarda mais uns dias para poder tomar a primeira dose do imunizante.
FONTE: G1ACRE
COMENTÁRIOS