Stalin Melo
A Secretaria de Estado de Educação e Cultura do Acre (SEE), por meio do Departamento de Dados e Estatísticas Educacionais, realizou na manhã desta terça-feira, 27, no auditório da Estácio/Unimeta, em Rio Branco, a abertura do Censo Escolar de 2025, ação que irá se estender por todas as unidades das redes estadual e municipais e também pela rede privada de ensino.
A cerimônia contou com a presença do titular da SEE, Aberson Carvalho; do secretário de Educação de Rio Branco, Alysson Bestene; da presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE), Elizete Machado; e da representante da União dos Dirigentes Municipais de Educação do Acre (Undime) e secretária de Educação de Senador Guiomard, Elizângela Martins.
Atualmente, a rede estadual de ensino conta com 139 mil estudantes, distribuídos em 592 escolas, entre urbanas, rurais e indígenas. Todas as redes contam com 1.523 escolas e um total de aproximadamente 248 mil estudantes.
O chefe do Departamento de Dados e Estatísticas Educacionais, Wanderley Rocha, destacou a importância da realização: “O Censo tem o dever de fazer o retrato da educação em nosso estado, levantar cada dado relacionado à escola, aos alunos e também às equipes escolares. São informações que irão instrumentalizar as políticas públicas da educação”.
A partir dos dados levantados, será realizada a divisão dos recursos, que são distribuídos para os estados e municípios. “Nossa meta, este ano, continua sendo ser o primeiro estado a entregar os dados e, inclusive, nossa meta é estabelecer um prazo mais curto daquele estabelecido pelo Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira]”, afirmou.
O coordenador do núcleo da SEE em Plácido de Castro, Erasmo Lessa, agradeceu a iniciativa da secretaria. “Quem conhece educação sabe que o Censo é fundamental para termos todas as informações e, sendo bem feito, com a inserção dos dados de maneira correta, é garantia de recursos”, disse.
Já para o diretor da Escola Lindaura Martins Leitão, de Rio Branco, é Marcionílio Oliveira Ribeiro, o levantamento é uma ferramenta fundamental para ajudar a escola: “É com ele que a gente tem acesso aos dados de todos os alunos e a tudo o que é necessário para nos ajudar”.
O coordenador do núcleo da SEE em Capixaba, Ocimar Pereira, atestou que a SEE não tem medido esforços para levar o recenseamento a todos os municípios. “Um Censo bem feito, bem alimentado, faz com que os recursos cheguem e a gente tenha uma educação de qualidade. E quem ganha com isso são os alunos”, destacou.
Gerando receita
Durante sua intervenção, o secretário Aberson Carvalho (SEE), ressaltou a importância do Censo Escolar para as redes de ensino, como “elemento gerador de receita”, segundo o gestor. E definiu: “Não se trata apenas de um questionário, mas de políticas públicas, um retrato do chão da escola”.
O gestor destacou os desafios que ainda precisam ser enfrentados pela educação no estado, pois em torno de 25% da população (cerca de 250 mil pessoas) ainda não conclui o ensino médio e 8% (76 mil pessoas) ainda não é alfabetizada.
“Temos ainda um caminho a percorrer, pois na década de 90 o desafio era o acesso à educação e esse problema foi superado: hoje há vagas nas escolas. O nosso desafio agora é com uma educação de qualidade, somos o estado com a maior nota da prova Saeb [Sistema de Avaliação da Educação Básica] na Região Norte”, informou.
Um desafio que se precisa enfrentar, na sua avaliação, é um olhar mais atencioso para o ensino fundamental, anos finais, que historicamente tem sido negligenciado. “Precisamos de um olhar para essa etapa como prioridade, pois essa negligência é histórica e é importante para o resultado final”, ressaltou.
Outro ponto abordado durante a fala do secretário foi a questão da municipalização do ensino fundamental, anos iniciais: “Precisamos avançar com esse processo de municipalização, pois educação se faz na ponta”.
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