O arsenal de Lula: gás de cozinha, luz de graça, p…

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Daniel Pereira

Apesar da troca de comando na Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Lula ainda não conseguiu cumprir a principal meta estabelecida por ele para este ano: recuperar popularidade. Pesquisa Genial/Quaest divulgada na quarta-feira 4 até mostrou estabilidade na imagem do governo entre março e maio, mas num patamar recorde de rejeição.

Segundo o levantamento, 57% dos entrevistados desaprovam a gestão petista, um ponto percentual a mais do que na rodada anterior e o maior nível registrado até agora. Já aprovação é de 40%, um ponto a menos do que em março e a menor verificada no atual mandato.

Otimista por natureza, o presidente não pode esgrimir a tese do “copo meio cheio, meio vazio” porque, se no atacado o quadro é de estabilidade, no varejo há um recado preocupante para Lula: a imagem dele continua a derreter entre os maios pobres, que historicamente formam a sua principal base de apoio.

Entre março e maio, a desaprovação ao governo entre quem ganha até dois salários mínimos subiu de 45% para 49%. Em janeiro, era de  39%. Já a aprovação, que foi de 56% no início do ano, caiu para 52% e agora 50%.

Pacote de bondade

Pressionado, Lula tem acelerado o anúncio de medidas de apelo popular numa tentativa de recuperar terreno. No fim de maio, ele assinou uma medida provisória para isentar do pagamento de conta de luz até 60 milhões de brasileiros, a um custo anual de 3,6 bilhões de reais.

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Dias depois, lançou o programa “Agora Tem Especialistas”, com o objetivo de acabar com as longas filas de espera na área da saúde e ampliar o acesso da população a consultas, exames e cirurgias. O programa não é propriamente uma novidade, mas uma tentativa de tirar do papel um projeto que foi iniciado na gestão de Nísia Trindade no Ministério da Saúde e que, por falhas de execução, contribuiu para a demissão dela.

Em entrevista na terça-feira 3, no Palácio do Planalto, o presidente afirmou que será ampliado o programa de distribuição de gás de cozinha às famílias mais pobres e que o governo também estudas linhas de financiamento em condições especiais para que entregadores troquem suas motos e donos de imóveis possam fazer pequenas reformas — fazer um “puxadinho”, disse ele.

Mostrando preocupação com nichos bem específicos, Lula também declarou novas concessões rodoviárias incluirão a obrigatoriedade de construção de abrigos nos quais os caminhoneiros, considerados durante um bom tempo aliados de Jair Bolsonaro, poderão descansar em segurança.

Além desse pacote de medidas, o governo torce para que a inflação dos alimentos dê uma trégua, como ocorre geralmente nesta época do ano e diante da supersafra esperada para 2025. No esforço em busca de redenção de imagem, quase nada escapa ao presidente.



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