Com apoio do Estado, Iniciativa Amazônia+10 financia descobertas científicas e fortalece pesquisa no Acre

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Carlos Alexandre

Prezando pela inovação e pelo fortalecimento da ciência na região, a Iniciativa Amazônia+10 promove a cooperação interestadual, ao financiar projetos que ampliem o conhecimento sobre a sociobiodiversidade amazônica. No Acre, a iniciativa conta com o apoio do governo estadual, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapac). Na manhã desta sexta-feira, 28, foi realizada a assinatura do termo de outorga para os projetos aprovados na chamada Expedições Científicas.

Iniciativa trabalha com objetivo de apoiar pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico sobre a floresta tropical e o desenvolvimento sustentável e inclusivo. Foto: Diego Gurgel/Secom

Com um investimento de R$ 76 milhões, a chamada selecionou 22 projetos em todo o Brasil, envolvendo 85 grupos de pesquisa vinculados a 19 fundações de amparo à pesquisa (FAPs) e agências internacionais, como a UK Research and Innovation (UKRI) e a Swiss National Science Foundation (SNSF). No Acre, dois projetos da Universidade Federal do Acre (Ufac) foram contemplados, impulsionando a produção científica local.

Durante a cerimônia, o presidente da Fapac, Moisés Diniz, destacou a importância do investimento: “O recurso investido pelo Estado do Acre nos permitiu proporcionar aos pesquisadores essa importante oportunidade de aprofundar estudos em temas e áreas pouco exploradas na nossa região amazônica, abrindo portas para descobertas científicas e para o crescimento em pesquisa”.

“Essa é uma oportunidade de ouro para ampliar os conhecimentos sobre a Amazônia e exaltar os nossos pesquisadores”, diz Diniz. Foto: Diego Gurgel/Secom

A reunião contou com a presença da reitora da Ufac, Guida Aquino, que ressaltou: “Esse olhar diferenciado para a Amazônia é super bem-vindo. Fico feliz de dois docentes nossos terem sido contemplados e espero que o Estado continue apoiando cada vez mais iniciativas inovadoras como essa. A captação não é somente para a universidade, mas sim para o Estado”.

“Faço questão de estar presente para viabilizar esse diálogo externo, para que possamos fortalecer as nossas pesquisas e nossos laboratórios”, ressaltou Guida Aquino. Foto: Diego Gurgel/Secom

A secretária adjunta da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan), Kelly Lacerda, acompanhou o encontro e observou: “Temos um compromisso com o orçamento estadual, para que seja aplicado de forma assertiva e, com isso, sabemos que o direcionamento para apoiar a pesquisa e a ciência é mais do que positivo. Parabenizo os pesquisadores por se empenharem em buscar esse conhecimento e representar o nosso Acre”. 

“Somos entusiastas da pesquisa e do conhecimento. Queremos qualificar nossa população para que isso se reverta para a sociedade”, ressalta Kelly Lacerda. Foto: Diego Gurgel/Secom

Pesquisas selecionadas

Entre os projetos contemplados, destaca-se “Novas fronteiras no registro fossilífero da Amazônia Sul-Ocidental”, do pesquisador Carlos D’Apolito Júnior, que pretende fazer expedições a localidades de difícil acesso, como barrancos e margens de rios, para coletar fósseis. 

“Temos reconhecimento internacional com a paleontologia pela riqueza da região, mas fazer esse trabalho de campo é desafiador. Esse valoroso apoio será essencial para permitir que possamos acessar áreas remotas, fazer coletas e realizar novas descobertas”, explica o pesquisador. 

Carlos D’Apolito (ao centro) também atua como coordenador do laboratório de pesquisas paleontológicas da Ufac. Foto: Diego Gurgel/Secom

Outro projeto de relevância chama-se “Sociobiodiversidade: análise de agentes zoonóticos carreados por espécies cinegéticas na Amazônia Ocidental”, da pesquisadora Cíntia Daudt. O projeto foca em investigar doenças infecciosas e parasitárias associadas à caça de subsistência na Amazônia, visando entender a relação entre animais silvestres e a saúde única. 

Cíntia Daudt é professora e pesquisadora vinculada ao programa de pós-graduação em Sanidade e Produção Animal Sustentável na Amazônia Ocidental da Ufac. Foto: Diego Gurgel/Secom

A pesquisa contará com o apoio das comunidades locais, com a doação de vísceras e ectoparasitos, que serão analisados com técnicas científicas. Além de ampliar o conhecimento sobre a sociobiodiversidade e os riscos, a pesquisa busca promover conscientização e subsidiar políticas públicas voltadas à saúde das comunidades tradicionais.

A professora valoriza o recurso provido: “É de grande valia, pois o principal gargalo da pesquisa é o financiamento. Sempre desenvolvemos pesquisas menores, com poucos recursos, e desta vez estamos desenvolvendo um projeto maior, envolvendo mais profissionais e impulsionando nossos estudos”.

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