
Essa discrepância é familiar. No centro do curso único de Donald Trump por nove anos, ele separa as análises da imprensa e o sentimento de parte do público americano. Para a maioria dos especialistas – além da mídia conservadora dedicada ao culto principal -, o discurso pronunciado pelo presidente perante o Congresso, em 4 de março, foi uma repetição de suas intervenções públicas por quase sete semanas. Um discurso de campanha também, polarizando, identidade, cheia de mentiras. Como explicar, então, as pesquisas realizadas à noite?
O do canal da CBS indica uma aprovação espetacular dos americanos, a favor do presidente em 76 %. O discurso os inspirou com esperança (68 %) e orgulho (54 %). É necessário colocar esses números em perspectiva: apenas 20 % dos espectadores entrevistados identificados como democratas, contra 51 % como republicanos. Lixado, desmoralizado, a esquerda dificilmente queria infligir esse longo oral com auto -suficiente. O público médio foi de 36,6 milhões de espectadores, em comparação com 47,7 milhões em 2017, pelo primeiro exercício desse tipo. A segunda reserva diz respeito à data do discurso, muito cedo no mandato. O governo Trump não precisa defender uma avaliação. Ele avança a uma acusação, para atacar o Estado Federal, estendendo o campo do executivo, impondo fortes marcadores ideológicos. Ou o famoso “Revolução do senso comum”.
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