Marianna Holanda
O presidente da Câmara dos Depuados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse nesta quarta-feira (19) que não é frouxo, que será mais combativo que seu antecessor, Arthur Lira (PP-AL) e ameaça deputados de punição.
A fala de Motta ocorre após tumulto no plenário entre bolsonaristas e petistas, que levou a deputada Katarina Feitoza (PSD-SE), encerrar a sessão. Terceira secretária, única mulher na mesa, ela estava presidindo o plenário, enquanto Motta recebia parlamentares em seu gabinete.
“Eu entendo o ambiente turbulento político que o país enfrenta diante dos últimos acontecimentos, mas eu quero dizer que, se vossas excelências estão confundindo este presidente com uma pessoa paciente, com uma pessoa serena, com um presidente frouxo, vocês ainda não me conhecem”, disse.
Os parlamentares, que até há pouco estavam inviabilizando o debate com tumulto, aplaudiram a declaração de Motta. Ele voltou ao plenário com deputadas na mesa, aos gritos de “respeito” para Katarina.
“Aqui não é um jardim da infância, nem muito menos um lugar para a espetacularização que denigre a imagem desta Casa.
O presidente da Câmara se comparou ainda ao seu antecessor, conhecido por ser duro na condução do plenário, e disse que será ainda mais “combativo” e ameaçou levar deputados ao Conselho de Ética.
“Segundo ponto: agressões aqui. Nós já tivemos aqui episódios tristes durante esses primeiros dois anos. O presidente Arthur Lira foi combativo, nós seremos um pouco mais. A presidência assumirá a responsabilidade. Se o parlamentar aqui desrespeitar o colega, da própria presidência vai acioná-lo no Conselho de Ética e fazer cumprir todas as medidas restritivas da Casa”, afirmou.