A Folha perguntou aos leitores qual é, na opinião deles, o papel da Igreja Católica no século 21 e como eles veem os reposicionamentos diante de assuntos polêmicos. Confira algumas respostas a seguir.
Promotora da verdade e guardiã do evangelho, cumprindo com seu papel de anunciar a boa nova e garantir a salvação das almas em todo o mundo. Deve atuar como sempre atuou, sendo irredutível na defesa da fé, da esperança e da caridade.
João Marcelo Theodoro (Ribeirão Preto, SP)
Neste mundo tão polarizado, acredito que toda instituição religiosa deva promover a união, a tolerância às diferenças. A filosofia cristã não prega amar ao próximo? Acho que o papa Francisco trouxe uma onda de ar fresco ao catolicismo. Espero que isso não mude e que os sacerdotes estimulem a inclusão sempre.
Denise Accurso (Porto Alegre, RS)
Principal papel é deixar a máscara de hipocrisia diante de tantos escândalos diários e públicos. Ela deve ser mais honesta.
Brendo Silva (São Paulo, SP)
É fundamental fortalecer o diálogo inter-religioso, apoiar causas sociais e adotar uma comunicação acessível, que ressoe com as novas gerações. Uma Igreja progressista é aquela que se mantém fiel à sua mensagem, sem ignorar a necessidade de evolução e inclusão.
Thalys Catarino de Souza (Salvador, BA)
Direcionar os fiéis e comunidades para os desafios que a contemporaneidade impõe, sobretudo num momento de profundo individualismo e descrença.
Helisson de Paiva Miranda (Rio Pomba, MG)
Uma instituição relevante que procura apontar caminhos éticos para o bem da humanidade, como o abraçar da questão ecológica, por exemplo. Assumir os erros históricos pode ser uma forma de se comprometer a não repeti-los.
Luciano Rodolfo de Moura Machado (São José dos Campos, SP)
Continuar discutindo questões atuais e orientando os fiéis.
Ricardo Pimont Strambi (Santos, SP)
Protagonizar a busca pela paz entre os povos, a convivência pacífica e harmoniosa entre as diferentes religiões ao redor do mundo e a reconciliação entre as confissões cristãs. Sensibilizar a humanidade no que diz respeito a sua responsabilidade no equilíbrio do ecossistema e responsabilidade social.
Davi Simões Melo (São Paulo, SP)
Mais do que nunca, deve ser menos focada em códigos de conduta moral e mais dirigida à ética. O mais importante não é o que fazemos em nossas vidas e escolhas pessoais, mas como nos relacionamos em sociedade. Tudo que esteja no sentido da tolerância e da inclusão social, eu acho positivo.
Celso Pereira Filho (Feira de Santana, BA)