Matheus Leitão
O convite ao Papa Leão 14 para que ele esteja na COP-30, a convenção das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, neste ano, em Belém, podia surtir efeito no Vaticano e mobilizar o pontífice em relação à agenda ambiental.
Robert Francis Prevost tem posicionamento semelhante ao de Francisco na questão ambiental. Tinha também em relação a outros temas, mas começou a recuar.
Outro dia o pontífice deu a seguinte declaração: “É responsabilidade dos governantes trabalhar para construir sociedades civis harmoniosas e pacíficas. Isso pode ser alcançado, acima de tudo, investindo na família, fundada na união estável entre um homem e uma mulher”.
Trata-se de um passo atrás na aceitação de casais LGBTQIA+.
Leão 14, que foi bispo em Chiclayo, no Peru, cidade nas proximidades da floresta amazônica, teve inúmeros encontros com lideranças indígenas, além de fazer parte de redes inter-religiosas voltadas à proteção ambiental.
Nesta semana, o “sucessor de Pedro” deve dar a sua primeira sinalização sobre o meio ambiente como líder da igreja católica. É preciso aguardar para ver como será o posicionamento.
Nesse aspecto, o vice-presidente Geraldo Alckmin foi muito feliz ao levar o convite para a COP-30 a pedido de Lula. As chances de uma mudança de agenda brusca do líder da igreja católica são mínimas, mas o o político paulista demonstrou ter fé.
“Até disse ao papa que ele, além de estadunidense, é o segundo latino-americano, porque toda sua vida sacerdotal foi no Peru, e o primeiro amazônico, porque o Peru faz parte da grande aAmazônia, afirmou Alckmin.
Segundo o vice-presidente, “ele não disse textualmente [que irá ao Brasil], mas recebeu com muita simpatia o convite.” Seria importantíssimo para a COP30 se o Papa Leão 14 fosse até a Amazônia novamente.
