Nicholas Shores
A crise das emendas parlamentares bloqueadas por Flávio Dino, no STF, e a arrastada reforma ministerial de Lula levaram o Senado a travar o processo de definição do comando das comissões da Casa, que só deve ocorrer depois do Carnaval.
Além da redistribuição de poderes, no governo Lula, entre os partidos que agora comandam o Legislativo e a acomodação de figuras que deixaram os holofotes, como Rodrigo Pacheco, o novo chefe do Senado, Davi Alcolumbre, aguarda uma conversa com o presidente da República para definir questões de ordem política — negociação de cargos e verbas.
Cotado para ser ministro de Lula, Pacheco viajou com a família para o exterior para tirar um descanso. Foram, afinal, quatro anos como chefe do Poder Legislativo, incluindo os períodos da pandemia e das eleições de 2022.
Com retorno a Brasília previsto para depois do Carnaval, Pacheco pode ser ministro de Lula, se a pasta oferecida for do seu agrado, ou pode seguir no Parlamento. Alcolumbre já reservou a presidência da Comissão de Relações Exteriores do Senado para o aliado, caso a mudança para o ministério de Lula não ocorra.
Fora o cenário da reserva do cargo para Pacheco, o favorito para assumir a Comissão de Relações Exteriores é Nelsinho Trad (PSD-MG), que já recebeu até recado do Palácio do Planalto sobre a satisfação do chanceler Mauro Vieira com sua volta ao comando da CRE.