
Filmado em sua recusa de uma trégua de trinta dias na Ucrânia, a Rússia não esconde sua falta de apetite pela paz. “Seria errado esperar por decisões e avanços imediatos”disse na terça-feira, 3 de junho, Dmitri Peskov, porta-voz da presidência russa, em uma alusão às consultas russas-ucranianas que foram realizadas no dia anterior em Istambul sob a égide da Turquia, sem grande resultado.
Mais uma vez, a reunião diplomática de Istambul, a segunda deste tipo este ano, revelou a lacuna que separa as posições de Kiev daquelas de Moscou, as duas partes estabeleceram linhas vermelhas mutuamente exclusivas descartando a probabilidade de uma solução rápida. Através de sua intransigência em negociações de paz com a Ucrânia, que sua aviação continua batendo com mísseis de cruzeiro e drones, o presidente russo, Vladimir Putin, envia uma mensagem clara: ele só aceitará regulamentos e continuará sua guerra enquanto estes não foram satisfeitos.
Em Istambul, por mais que a delegação ucraniana tenha sido pragmática, resolveu jogar de acordo com as regras, tanto a delegação russa se destacou por seus requisitos maximalistas, sua óbvia recusa do compromisso. Liderados por Rustem Umerov, ministro da Defesa, os ucranianos haviam, antes da reunião no Palácio de Stambouliote em Dolmabahçe, consultou seus parceiros americanos e europeus. Liderado por Vladimir Medinski, um dos conselheiros menos influentes do presidente Putin, os russos insistiram que as consultas não transbordam em formato bilateral.
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