Gustavo Luiz, Gustavo Simon, Laura Lewer, Raphael Concli, Thomé Granemann
O primeiro depósito que o Fundo Monetário Internacional (FMI) fez à Argentina na terça-feira (15), de US$ 12 bilhões, veio acompanhado de mudanças importantes na política cambial do país: o governo de Javier Milei eliminou as restrições para compra mensal de dólar pelos argentinos e a moeda americana passou a flutuar em banda.
O ministro da Economia, Luis Caputo, disse na semana passada que as medidas travavam o funcionamento da economia e que o acerto com o FMI abre nova fase do programa do governo de ultradireita —sempre com o objetivo, nas palavras dele, de acabar com déficits e recapitalizar o Banco Central. Os primeiros dias de mudança foram tranquilos nas ruas.
O FMI falou que a Argentina vem tendo progressos, mas destacou que o país ainda tem “vulnerabilidades e desafios estruturais”. Em quase um ano e meio, Milei teve avanços, com superávits fiscais e quedas na inflação; mas há temor de repique na alta de preços, dados de pobreza ainda preocupam —apesar de queda recente— e as últimas semanas viram protestos contra perdas nas aposentadorias e a crise política da criptomoeda Libra.
O Café da Manhã desta quinta-feira (17) discute o estado da economia da Argentina e o significado das mudanças desta semana. O economista Fabio Giambiagi, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, faz um balanço da gestão Javier Milei.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Magê Flores e Gustavo Simon, com produção de Gustavo Luiz e Laura Lewer. A edição de som é de Raphael Concli e Thomé Granemann.