
Cerca de 1,4 milhão de fiéis muçulmanos chegaram à Arábia Saudita para a peregrinação anual de Hadj, que começa quarta -feira, 4 de junho, no coração de Meca e seus arredores.
Reunidos na cidade mais sagrada do Islã sob temperaturas pesadas que atingem 40 graus, os peregrinos realizam, ao longo de vários dias, uma série de ritos codificados ancestrais. Eles começam com o “tawaf”, que consiste em se virar ao Kaaba, a estrutura cúbica negra em relação à qual os muçulmanos ao redor do mundo se voltam para orar, no coração da grande mesquita.
Na quinta -feira, os peregrinos irão para Mina, um vale ignorado por montanhas rochosas localizadas a poucos quilômetros de Meca, onde passarão a noite em tendas condicionadas ao ar.
Essa peregrinação, um dos maiores comícios religiosos do mundo, é um dos cinco pilares do Islã. Todos os muçulmanos devem realizar o Hadj pelo menos uma vez em suas vidas, se puderem pagar. Na tarde de terça -feira, os ônibus já derramaram os primeiros peregrinos para Mina, recebidos por funcionários que oferecem café e tâmaras.
Antes de ingressar na Meca, os peregrinos devem primeiro entrar em um estado de pureza, chamado “ihram”, que requer roupa e comportamento apropriados. Os homens usam uma roupa branca sem costura, semelhante a uma mortalha, que enfatiza a unidade entre os crentes, independentemente de seu status social ou de sua nacionalidade. As mulheres devem usar vestidos grandes, também brancos, revelando apenas o rosto e as mãos.
250.000 funcionários públicos mobilizados
Este ano, as autoridades estabeleceram uma série de medidas de controle para evitar repetir a tragédia do ano passado, quando mais de 1.300 fiéis pereceram sob temperaturas que atingiram 51,8 graus. A Arábia Saudita mobilizou mais de quarenta agências governamentais e 250.000 funcionários públicos para tentar mitigar os riscos mais uma vez ligados ao calor alto.
As áreas sombreadas foram estendidas por 50.000 metros quadrados, milhares de cuidadores e socorristas adicionais serão mobilizados e mais de 400 pontos de água doce serão instalados, disse o ministro de Hadj, na agência da França-Presse (AFP) na semana passada.
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As autoridades sauditas também usarão as mais recentes tecnologias de inteligência artificial para processar a abundância de dados e imagens, incluindo uma nova frota de drones implantados pela Meca.
Segundo as autoridades sauditas, 83 % dos 1.301 peregrinos que morreram em 2024 não estavam equipados com uma licença, pagando e concedidos de acordo com as cotas, o que teria aberto as infraestruturas planejadas para tornar a peregrinação mais suportável, incluindo tendas condicionadas a ar.
Medidas contra peregrinos não autorizados
Este ano, com grande reforço de medidas estritas contra peregrinos não autorizados, uma campanha é exibida em painéis de publicidade em todo o país e está disponível no SMS diário, lembrando as sanções incorridas: uma multa dobrou a 20.000 riais (ou 4.720 euros), acompanhada por uma proibição de entrada no reino por dez anos.
A administração de multidões durante esse grande comício acabou sendo perigosa no passado. Em 2015, em particular, um empurrão havia deixado cerca de 2.300 mortos.
A Arábia Saudita, que abriga os santuários mais sagrados do Islã em Meca e Medina, ganha bilhões de dólares todos os anos, graças a Hadj e peregrinações, conhecidas como “OMRA”, realizadas em outras épocas do ano. Eles também fortalecem o prestígio do monarca saudita, “guardião das duas mesquitas sagradas” de Meca e Medina.