Marcela Rahal
O vice-presidente do PT e prefeito de Maricá, Washington Quaquá, afirmou, em entrevista ao programa Ponto de Vista, de VEJA, desta terça-feira 25 que a agenda do governo Lula “está errada” e “não devia ser uma agenda só de reforma fiscal”. Para o petista, a gestão “na macroeconomia vai bem”, mas é preciso “criar coisas novas” e “dialogar com o Brasil profundo”.
Quaquá fez duras críticas ao núcleo central do governo, que atua mais próximo ao presidente, e defendeu a possível indicação da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para um cargo na Esplanada, apesar de divergências. “Ela é uma pessoa que tem posição, estatura, defende o PT e não é daqueles que bajulam simplesmente o presidente Lula”, afirmou
“Nós adoramos o Lula, mas achamos que é preciso recompor ministérios com pessoas que tenham condições de dialogar com Lula e ter independência, que não sejam só bajuladores, como nós temos muitos hoje no núcleo central do governo. Aliás, o governo não tem núcleo central. É preciso que o governo crie um núcleo político para que comande o país a partir de um núcleo político, que dialogue diariamente com o presidente da República, mesmo divergindo e tendo posições antagônicas. O problema é que o governo não tem posição, não tem núcleo político”, acrescentou o petista, dizendo ainda que o núcleo central “é muito fraco” e que “tem muito bajulador”.
Quaquá também apontou caminhos para o PT, que, segundo ele, só discute pautas de comportamento, além de defender a candidatura de Lula em 2026, bem como a exploração de petróleo na Margem Equatorial. “Você tem uma série de investimentos travados no Brasil por conta da lei ambiental e do arcabouço legal em que a burocracia de Estado impede grandes projetos nacionais por conta da caneta de meia dúzia de burocratas”, salientou
“É preciso criar de fato um projeto de desenvolvimento que pegue o Legislativo, o centrão, que pegue os empresários brasileiros para fazer o Brasil crescer o dobro, o triplo, que assim vai ter distribuição de riqueza. A agenda do governo está errada”, completou o prefeito da cidade fluminense.
O advogado e idealizador da Lei da Ficha Limpa, Márlon Reis, também foi o entrevistado do programa. Ele falou sobre a proposta de bolsonaristas de diminuir o tempo de punição de oito para dois anos quando um político é enquadrado na legislação. A mudança afetaria diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro, inelegível até 2030. O especialista criticou a ideia.
O programa, apresentado por Marcela Rahal, também vai abordar as principais notícias do dia com o colunista Robson Bonin.
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