Violência policial não atrapalha projeto eleitoral de Derrite, diz aliado

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Pedro Pupulim

Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite regressou recentemente ao PP, partido chefiado pelo ex-ministro Ciro Nogueira. Tratado como uma “joia” pela sigla, Derrite pretende, com aval da cúpula, disputar uma cadeira no Senado nas eleições de 2026.

Recém-federado com o União Brasil — no que resultou na União Progressista –, o partido de Ciro Nogueira tem investido na filiação de nomes que podem tornar-se quadros competitivos para o pleito do próximo ano.

Derrite, no entanto, tem o nome “manchado” por casos de violência policial. Mas a mácula não parece atrapalhar os planos do partido para o secretário em 2026.

Na última sexta-feira, 4, um homem negro de 26 anos foi morto com um tiro na cabeça por engano de um policial militar na região de Parelheiros, Zona Sul de São Paulo. Guilherme Dias Santos Ferreira havia saído do trabalho e se dirigia a um ponto de ônibus para voltar para casa, quando foi alvejado. Uma nova avalanche de críticas atingiu Derrite.

Ao Radar, um líder do PP e aliado de Derrite afirmou que máculas passadas, atuais e possivelmente futuras quanto à sua atuação na Secretaria não serão capazes de interferir nos próximos passos do secretário na política.

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“Derrite, antes, tinha uma visão ‘micro’ da segurança pública, com ‘cabeça de PM’. Hoje, tem uma visão ‘macro’, e continuaremos apostando nele independentemente de novos casos”, destacou.

Ponderou, contudo, que naturalmente Derrite seja responsabilizado por casos de violência policial, tendo em vista o cargo que ocupa, mesmo se tratando do que classificou como “casos isolados”.

Capitão reformado, Guilherme Derrite chegou ao cargo de secretário da Segurança Pública de São Paulo em janeiro de 2023. No currículo, trouxe uma passagem turbulenta pela Rota, entre 2010 e 2015, quando deixou o comando de um pelotão marcado pela alta letalidade. É dessa época um áudio no qual diz ser “vergonhoso” um policial não ter ao menos três mortes na ficha em cinco anos — depois, pediu desculpas.

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Na onda bolsonarista, Derrite foi eleito deputado federal em 2018 pelo PP, com 119.000 votos, sigla à qual foi filiado até 2022. Desde então, esteve filiado ao PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em maio deste ano, à convite de Ciro Nogueira, o secretário regressou ao PP mirando o Senado. Segundo ele, não seria possível continuar no PL para disputar a cadeira ao mesmo tempo que o filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro.



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