O coordenador do grupo Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, afirma que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) participou de um “cortejo fúnebre” por comparecer ao ato em Copacabana ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (16).
“Bolsonaro foi velado à luz do dia. E o ‘guela’, como se diz no Nordeste, é o Tarcísio, que já disputa, em frente ao caixão, o legado do defunto”, diz o advogado.
Ele classifica o governador de São Paulo como “candidato de uma extrema-direita raivosa e sectária, sem projeto que atenda aos reais interesses do país”.
“Deveria ter permanecido em São Paulo, onde tem monstruosos desafios como aumento da violência e da criminalidade. A anistia não é e jamais será capaz de unir o Brasil. Responsabilizar os golpistas segue sendo a melhor forma de dizer ‘nunca mais’.”
Apoiadores de Bolsonaro se reuniram para pedir anistia aos condenados pelos ataques golpistas no 8 de janeiro de 2023. O ato no caminhão de som, com discursos de lideranças, congressistas e dois governadores, durou cerca de duas horas.
O ex-presidente afirmou que que não vai sair do Brasil e que será um problema “preso ou morto”. Declarou também que deixa outras lideranças na direita e pediu que, “se alguma covardia acontecer comigo, continuem lutando”.
Tarcísio criticou o governo Lula e ironizou as punições pelo 8 de janeiro. “O que fizeram? Passaram batom?”, perguntou, em referência à mulher presa após ser flagrada vandalizando com batom estátua diante do STF.
“Ninguém aguenta mais arroz caro, gasolina cara, o ovo caro. Prometeram picanha e não tem nem ovo. E, se está tudo caro, volta Bolsonaro”, disse Tarcísio.
com KARINA MATIAS, LAURA INTRIERI e MANOELLA SMITH
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