1% mais rico contribui 17 vezes mais para seca na amazônia – 08/05/2025 – Ambiente

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O 1% mais rico da população do mundo contribuiu 17 vezes mais para as secas na amazônia e 26 vezes mais para as ondas de calor que ocorrem 1 vez a cada 100 anos, em comparação à média global, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (7).

De acordo com os resultados, publicados na Nature Climate Change, os 10% mais ricos são responsáveis por dois terços do aquecimento global desde 1990.

Os hábitos de consumo e investimento dos ricos aumentaram substancialmente o risco de ondas de calor mortais e secas, afirmou o estudo que quantifica o impacto da riqueza concentrada em eventos climáticos extremos.

“Associamos a pegada de carbono das pessoas mais ricas diretamente aos impactos climáticos do mundo real”, disse a autora principal, Sarah Schoengart, cientista da ETH Zurich.

As emissões dos 10% mais ricos da China e dos Estados Unidos, juntas, representam quase metade da poluição global por carbono.

A queima de combustíveis fósseis e o desmatamento causaram o aquecimento da superfície terrestre em uma média de 1,3°C, principalmente nos últimos 30 anos.

Schoengart e seus colegas combinaram dados econômicos e simulações climáticas para rastrear as emissões de diferentes grupos socioeconômicos, com base em sua renda.

Os pesquisadores incluíram em sua análise o papel das emissões ocultas em investimentos financeiros, e não somente no estilo de vida e no consumo pessoal.

Estudos anteriores demonstraram que a tributação de emissões ligadas a ativos é mais equitativa do que os impostos gerais sobre emissões de gases de efeito estufa, que tendem a atingir mais as pessoas de baixa renda.

A maioria das iniciativas recentes para aumentar os impostos sobre os superricos e as multinacionais foi paralisada, especialmente desde que Donald Trump retornou à Casa Branca.

No ano passado, o Brasil propôs um imposto de 2% sobre a riqueza líquida de indivíduos com mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,7 bilhões, na cotação atual) em ativos.

Embora os líderes do G20 tenham concordado em “participar cooperativamente para garantir que indivíduos com patrimônio líquido ultra elevado sejam efetivamente tributados”, não houve nenhum acompanhamento até o momento.



Leia Mais: Folha

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