A capital acreana Rio Branco registrou, desde o início de janeiro deste ano, até o dia 14 de agosto, o que corresponde a semana epidemiológica 32, 5.654 notificações de casos de dengue. O número é quase cinco vezes maior que o registrado no mesmo período do ano passado. Dados são da Vigilância Epidemiológica do município, que apontou 1.240 mil casos notificados em 2020.
Devido aos números altos, em fevereiro a capital declarou situação de emergência devido à epidemia da doença. Na época, o município registrava 1.494 casos da doença e um aumento de 481% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram registrados 257 casos suspeitos.
Os dados deste ano, apontam que o pico dos casos foram registrados nos meses de janeiro (1.681), fevereiro (2.048) e março (1.420). Em abril com 352, os números começaram a baixar e seguiu em queda também em maio (106), junho (31), julho (32) e nos primeiros dias de agosto foram 45 notificações, porém apenas um caso deu positivo e 44 estão em aberto.
“Nos três primeiros meses, tivemos o pico, inclusive, fevereiro foi o com o maior número de casos notificados. Então, comparando para agora, foi uma redução muito grande. Mas, ao mesmo tempo o número de casos faz parte do período de sazonalidade assim como de outras doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti”, disse a coordenadora da Vigilância, Socorro Martins.
Agentes só vão para as regiões que estão em situação de alerta que registram muitos casos de dengue — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre
Preparação
Socorro disse que nesse momento em que os números começam a baixar, é hora de iniciar os preparativos para combater o mosquito no período em que os casos podem voltar a surgir, com a chegada das chuvas na capital.
Nesta semana, a Secretaria de Saúde de Rio Branco recebeu, equipamentos de combate à dengue da Superintendência do Ministério da Saúde no Acre. Foram entregues oito pulverizadores e 250 mil pastilhas espinosade, um tipo de larvicida que ajuda a matar as larvas do mosquito Aedes aegypti.
“Temos que fazer o trabalho de orientação para quando chegar a época das chuvas, os casos não aumentem novamente. Então, estamos mudando o larvicida, estamos mudando para as pastilhas e tem o material que recebemos para quando tiver o aumento de casos, fazer a borrifação para controle dos adultos”, disse.
Mas, Socorro ainda alerta que os cuidados por parte da população devem ser mantidos e afirma que o material recebido deve se usado em bairros que apresentem maior infestação dos casos.
“É um controle dos adultos e vai ser usado nos bairros que tiverem maior infestação, sem contar que novos, o mosquitos podem nascer se a população não cuidar de reservatórios que tiverem pelos quintais”, concluiu.
Com informações de G1Acre