Deputado pede que PGR investigue ‘campanha eleitor…

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Pedro Pupulim

O deputado federal bolsonarista Sanderson (PL-RS) enviou um ofício ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, pedindo que a PGR investigue “possível abuso de poder político e campanha eleitoral antecipada” pelo presidente Lula. O ponto de partida da apuração seria o pronunciamento veiculado na segunda-feira, em rede nacional de rádio e televisão, no qual o petista anunciou o pagamento de bolsa de 1.000 reais aos estudantes do ensino médio beneficiados pelo programa Pé-de-Meia e a gratuidade de todos os remédios do programa Farmácia Popular. O documento também foi assinado pelo deputado Zucco (PL-RS).

“Durante o discurso, houve a promessa de mais ações semelhantes, como o pagamento de benefícios para a população, o que despertou a atenção de setores da sociedade e de membros do Governo Federal, em especial de ministros aliados”, escreveu o parlamentar. Sanderson citou ainda matérias publicadas pelos jornais Folha de S.Paulo e O Globo que noticiaram o ministro da Secom, Sidônio Palmeira, que atuou como marqueteiro de campanha de Lula, “teria recomendado que esses pronunciamentos sejam realizados de forma periódica, a cada 15 dias, com o objetivo de manter a população informada sobre as ações do Governo”.

“Tais pronunciamentos e a periodicidade anunciada geraram preocupação em ministros de partidos aliados, que consideraram que essas ações podem caracterizar uma tentativa de fazer campanha eleitoral antecipada, além de um possível abuso de poder político, com o uso da máquina pública para promoção pessoal do presidente”, escreveu.

Listando medidas econômicas como a liberação do saldo retido do FGTS, o deputado disse que “a injeção de dinheiro na economia, com o pagamento de benefícios sociais, programas de distribuição de recursos e outras ações do Governo, em um contexto de forte campanha midiática e a proximidade do período eleitoral, caracteriza, em tese, uma utilização indevida do poder político para obter vantagem eleitoral, configurando abuso de poder político e campanha eleitoral antecipada, condutas que são vedadas pela legislação pátria”.

Em tempo: a campanha para o pleito de 2026 começa daqui a aproximadamente um ano e meio.

Ainda segundo Sanderson, a realização de pronunciamentos periódicos em rede nacional também serviria para promoção pessoal e eleitoral de Lula. “A atuação de marqueteiros de campanha, que organiza essas apresentações, também é um indício claro de que tais medidas estão sendo tomadas com fins eleitorais, o que afronta o princípio da isonomia entre os candidatos”, complementou.



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