Um dos líderes dos protestos na Universidade Columbia, em Nova York, contra a ofensiva de Israel em Gaza foi preso por agentes de imigração, informou o sindicato do campus neste domingo (9).
Mahmoud Khalil, um dos principais nomes do movimento no campus, foi preso por agentes do Departamento de Segurança Nacional, disse o sindicato em um comunicado, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometer deportar estudantes que se manifestassem a favor dos palestinos.
Os campi nos Estados Unidos, incluindo o de Columbia, foram abalados por protestos estudantis contra a guerra na Faixa de Gaza após os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023.
Algumas dessas manifestações geraram acusações de antissemitismo e se tornaram violentas, com ocupações de prédios no campus e confrontos entre estudantes contra e a favor das ações de Israel.
Khalil tinha residência permanente no momento de sua prisão, o que levou milhares de pessoas a assinar uma petição pedindo sua libertação, de acordo com o sindicato.
“Também estamos cientes de múltiplos relatos de que agentes do Serviço de Controle de Imigração e Alfândega acessaram ou tentaram acessar os prédios do campus de Columbia na sexta-feira (7) e no sábado (8), incluindo os dormitórios dos estudantes universitários”, disse o sindicato.
Columbia não se manifestou diretamente sobre a prisão de Khalil, mas em uma declaração reconheceu que “houve relatos de (agentes do) ICE nas ruas próximas ao campus”.
O Departamento de Segurança Nacional não respondeu a pedido de comentários.
O governo Trump anunciou na sexta-feira que cortaria US$ 400 milhões em subsídios federais à Universidade Columbia por supostamente não proteger os estudantes judeus.