O fim do Universo deve ocorrer antes do previsto, segundo um novo estudo de cientistas holandeses. Mas não é preciso ter pânico: a estimativa é de 10 elevado à 78ª potência em anos —78 zeros— para que isso aconteça.
Essa é uma revisão da previsão anterior de 10 elevado à 1.100 potência em anos, de acordo com um estudo da Universidade de Radboud que saiu nesta segunda-feira (12) no periódico Journal of Cosmology and Astroparticle Physics.
“O fim do Universo ocorrerá muito antes do previsto, mas felizmente ainda falta muito tempo”, afirmou Heino Falcke, principal autor do estudo.
Os cientistas calcularam quando os corpos celestes mais duradouros, as anãs brancas, serão extintos.
Os pesquisadores tiveram como base o fenômeno da evaporação dos buracos negros, ou radiação Hawking, nomeada a partir do físico britânico Stephen Hawking (1942-2018).
Em meados da década de 1970, o físico propôs a hipótese de que os buracos negros liberavam uma radiação que provocava a sua lenta dissolução, como uma aspirina efervescente em um copo de água.
Os cientistas de Radboud aplicaram esse princípio a outros objetos no Universo e calcularam que o “tempo de evaporação” dependia de sua densidade.
Assim, conseguiram calcular a dissolução teórica do corpo mais duradouro, a anã branca.
Mas não há motivo para preocupação: a Terra deve desaparer muito antes do fim do Universo.
Na verdade, os cientistas dizem acreditar que, em cerca de um bilhão de anos, o brilho do Sol aumentará, fazendo com que as condições não sejam mais favoráveis à vida na Terra e os oceanos evaporem.
E, em cerca de 8 bilhões de anos, a expansão do Sol deve engolir a Terra, que, a essa altura, estaria estéril e sem vida.



