Cristina Camargo
O atraso de uma hora e a temperatura de 18º C não foram suficientes para dispersar o público fiel do Fundo de Quintal, que começou poucos minutos antes das 3h deste domingo (25) o show da Virada Cultural 2025, no palco da avenida São João, dedicado ao samba.
Os fãs lotaram a esquina da São João com a Ipiranga, no centro de São Paulo, e cantaram com o grupo vários clássicos do samba, como “O Show Tem que Continuar”, “Lucidez”, “Sorriso Negro” e “A Amizade”.
A apresentação foi também uma celebração a Sereno, um dos fundadores do Fundo de Quintal, que fez 85 anos no sábado (24).
“Sua colaboração para o samba é inestimável, um legado que ecoa forte e emociona gerações”, exaltou o grupo, em publicação nas redes sociais.
Na esquina mais famosa da capital paulista, os sambistas homenagearam Adoniran Barbosa ao cantar “Trem das Onze”, que tem uma estátua instalada a poucos metros do palco da Virada, e Martinho da Vila, com “Ex-amor”.
No “momento da saudade”, lembraram Reinaldo, o “Príncipe do Pagode”, ao contar “Chora” e “Oyá”; e Almir Guineto, com “Conselho”, “Insensato Destino” e “É Mentira”.
Perto das 4h, o grupo chegou à parte final do show, com “Do Fundo do Nosso Quintal”, a canção em que anuncia o dia clareando, e “Não Quero Dinheiro”, grande sucesso de Tim Maia.
Prestes a completar 50 anos, em janeiro de 2026, o Fundo de Quintal mostra que tem fôlego de sobra. A apresentação na Virada Cultural foi a segunda da noite dos veteranos do samba. Antes, eles tocaram no Galpão Zona Norte, na Vila Maria.
Sereno, com seu tantã, instrumento de percussão que introduziu no samba, estava nos dois, firme e forte.
