Iapen investe em cursos profissionalizantes para ressocialização de pessoas privadas de liberdade

O Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), em parceria com o Instituto Estadual de Educação Profissional e Tecnológica (Ieptec) e Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), entregou 30 certificados para pessoas privadas de liberdade, em cursos técnicos oferecidos pelas instituições, nesta sexta-feira, 28.

Os cursos de almoxarifado e agricultura familiar foram ministrados pelo IFRS, sendo um detento certificado no curso de almoxarifado e outros 15 em agricultura familiar. Já o curso de marcenaria foi oferecido pelo Ieptec, certificando 14 apenados.

A.N.S. recebeu dois certificados, de almoxarifado e de marcenaria, e compartilhou seus planos: “Almoxarifado e logística, é um curso muito vasto, muito disciplinar”.

Já o detento A.F. foi certificado em agricultura familiar, relatando que nunca tinha trabalhado antes nessa área: “Eu aprendi tudo aqui dentro. Gostei muito das hortas, hortaliças”.

O coordenador do Centro de Educação Profissional e Tecnológica (Cept) Roberval Cardoso, Ricardo Veras, que representou o Ieptec no evento, acredita que oferecer profissionalização para todos é o caminho para transformar o Acre: “Cuidar das pessoas é ofertar cursos de qualificação sem distinção, sem exclusão. Então, é ofertando um curso de qualidade, um curso público, inclusivo, que nós vamos mudar a sociedade acreana”.

O presidente do Iapen, Marcos Frank Costa, afirmou que profissionalizar os egressos é uma forma de contribuir para a segurança pública: “Como é a pessoa que vamos entregar para a sociedade após cumprir a pena? Queremos proporcionar uma oportunidade à pessoa, para que tenha mais alternativas de trabalho, de educação, tenha uma alternativa para o sustento da sua família, logo, investir em custos profissionais antes [do regresso à sociedade] também é investir em segurança pública”.

Para encerrar a solenidade, dois apenados realizaram uma apresentação musical tocando instrumentos inteiramente produzidos na fábrica Sons da Liberdade, em projeto de ressocialização para detentos da capital.

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