Zayra Amorim
A assistência psicológica é um direito fundamental de pessoas em situação de cárcere. Os cuidados com a saúde mental desses indivíduos são de extrema importância, pois promovem sua reabilitação e reintegração social.
Com esse objetivo, o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) tem proporcionado atendimentos com psicólogos para pessoas que estão encarceradas no Batalhão de Operações Especiais (Bope) e no Batalhão de Policiamento Ambiental da Polícia Militar do Acre (PMAC).
R.N.R., que pela primeira vez solicitou atendimento psicológico, diz que o diálogo com essa classe de profissionais é essencial: “Quem vive em cárcere precisa ter um diálogo, um desabafo, pois isso melhora a nossa postura dentro da prisão, tira um pouco da angústia também. Isso melhora nossas vidas aqui dentro”.
Psicóloga do Iapen, Manuela Rocha relata as demandas mais recorrentes: “A maior queixa é a questão de ansiedade, depressão e sofrimento psíquico de forma geral. Muitos têm problema de insônia, e aí alguns a gente até encaminha para o psiquiatra, para tratamento medicamentoso, tentando dar, na medida do possível, acompanhamento para os casos mais complexos”.
E ressalta: “É nessas conversas que gente acaba ajudando bastante, quando dizem o que sentem, pois [a conversa] alivia, substitui sentimentos ruins por algo mais produtivo”.
A chefe da Divisão de Saúde Prisional do Iapen, Gabriela Silveira, reforça: “Os internos que ficam no Bope e no Batalhão Ambiental são assistidos pela nossa equipe técnica. Sempre que há necessidade, tanto de médico clínico, quanto de psiquiatra e psicólogo, somos acionados. Havendo necessidade e indicação, nós já os incluímos nos atendimentos”.
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