Um dos petistas mais próximos da Igreja, o ex-ministro Gilberto Carvalho diz que a eleição de Leão 14 como papa “salvou” o catolicismo da direita internacional, “que queria eleger uma pessoa retrógrada, oposta à linha de Francisco”.
“Fica claro que Francisco era um político mais habilidoso do que parecia. Articulou a sucessão dele de maneira muito forte, com a nomeação de cardeais, e preparando de alguma forma o conclave“, afirma Carvalho, que foi chefe de gabinete de Lula nos dois primeiros mandatos e é bastante próximo do presidente. Atualmente, exerce o cargo de secretário nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho.
Carvalho diz esperar continuidade nas reformas internas promovidas por Francisco, com a redução do poder da Cúria e maior democracia interna na igreja.
“Do ponto de vista das questões internas e sociais, de uma igreja junto dos pobres, ele vai ser um continuador fiel do Francisco”, afirma.
Por outro lado, diz não há a mesma clareza do ponto de vista de temas como direitos LGBTQIA+ e participação de mulheres.
“Leão parece mais moderado com relação a essas questões e não terá o brilho do antecessor, por causa do carisma do Francisco, que era extraordinário”, afirma.
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