A morte de Nana Caymmi, uma das maiores intérpretes da canção brasileira, nesta quinta-feira (1º), não foi comentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O mandatário costuma lamentar publicamente a morte de artistas, como fez recentemente com Cristina Buarque, no último dia 20.
Nana destoava do coro de amigos artistas, por sua postura crítica ao PT e apoio a Jair Bolsonaro (PL). “É injusto não dar a esse homem um crédito de confiança. Um homem que estava fodido, esfaqueado, correndo para fazer um ministério, sem noção da mutreta toda… Só de tirar PMDB e PT já é uma garantia de que a vida vai melhorar. Agora vêm dizer que os militares vão tomar conta? Isso é conversa de comunista”, afirmou, em entrevista à Folha, em 2019.
Na ocasião, a cantora também fez críticas públicas a Gilberto Gil, com quem foi casada, além de Caetano Veloso e Chico Buarque. “Vão para o Paraná fazer companhia a ele. Eu não me importo”, disse, referindo-se à prisão de Lula em Curitiba.
Nana morreu aos 84 anos, em decorrência de falência múltipla dos órgãos, segundo sua assessoria de imprensa. Estava internada na Casa de Saúde São José, em Botafogo, no Rio de Janeiro, onde, nos últimos anos, passou por várias internações para tratar uma arritmia cardíaca e implantar um marca-passo.