Andrei Ribeiro
Os senadores Plínio Valério (PSDB-AM) e Marcos Rogério (PSDB-AM), responsáveis por ofensas à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, tentam desvencilhar o episódio das acusações de misoginia chamando atenção, nas redes sociais, para o debate sobre as obras da BR-319, alvo de disputas com a ministra.
O discurso usado por eles e por seus apoiadores nas redes é o de que Marina tentou fugir do debate e usou a “cartada do vitimismo” ao invés de responder seus questionamentos sobre a estrada na Amazônia.
A estrada federal liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM) e enfrenta, há anos, dificuldades de licenciamento ambiental para que seja novamente pavimentada. Marina tem se posicionado contra a pavimentação, pois entende que a obra pode levar a um aumento do desmatamento na região.
Após o episódio, os dois senadores fizeram postagens com cortes da audiência em seus perfis acompanhadas da hashtag #br319. Eles afirmam, entre outros pontos, que uma divergência política foi transformada numa questão de violência de gênero.
No X, podem ser encontradas postagens que pressionam pela pavimentação e criticam a ministra.
Apesar da investida, os termos envolvendo o tema não aparecem nos assuntos mais comentados nas redes desde a audiência polêmica. O nome da ministra e termos relacionado à violência de gênero foram os mais buscados nos últimos dias, inclusive no Google, com Marina Silva tendo mais de 20 mil buscas até a noite de terça (27).
Entre os críticos, o tratamento dado à ministra foi comparado no X ao da influenciadora Virgínia Fonseca, que prestou depoimento à CPI das Bets no Senado em 15 de maio. Na ocasião, a influenciadora e o seu marido, o cantor Zé Felipe, foram tietados e tiraram fotos com senadores e assessores.
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