Walter Porto
A Folha convidou cem pessoas para indicarem, cada uma, dez livros que não poderiam ficar de fora de uma seleção que reunisse o melhor da literatura brasileira do século 21.
Talvez a única concordância entre todos os jurados e juradas, muito diversos entre si, fosse a impossibilidade de definir um pódio incontestável quando se trata de literatura. Cada pessoa, então, elegeu seus critérios mais adequados.
O jornal ofereceu orientações sucintas: o recorte exigido era que fossem livros escritos por autores e autoras brasileiras, lançados em editoras também brasileiras a partir de 1º de janeiro de 2001. Sugeriu-se também priorizar obras literárias em vez de livros teóricos ou didáticos —a Folha prepara um ranking separado de não ficção.
A partir daí, os convidados eram livres para escolher o que quisessem. Houve só o pedido para que evitassem a indicação de obras de sua própria autoria, algo que todos acataram.
Os votantes incluem de críticos literários a donos de livrarias, de jornalistas a curadores de festivais, de escritoras a pesquisadoras universitárias, de jovens poetas a imortais da Academia Brasileira de Letras —acima de tudo, leitores e leitoras vorazes. Veja aqui a lista de quem são.
As listas foram recolhidas de setembro a dezembro de 2024. Algumas pessoas optaram por indicar menos de dez livros. A Folha se comprometeu a não divulgar a lista completa de indicações de nenhum jurado, mas convidou todos a incluírem justificativas de suas escolhas que poderiam ser —e foram— pinçadas para esta publicação.
O resultado é uma seleta do melhor entre o que se publicou de ficção literária no Brasil neste quase um quarto de século. É um compilado de diversas impressões subjetivas, como toda lista do tipo, mas funciona como demonstração contundente da riqueza e variedade da literatura brasileira de hoje.
Veja o ranking a seguir, com destaque para os 25 livros mais votados e uma lista com todas as obras que receberam três votos ou mais.
Colaborou Isadora Laviola