Pintado para a guerra, PDT já avisou ao Planalto q…

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Marcela Mattos

O escândalo das fraudes do INSS detonou uma crise entre o PDT e o governo Lula que, até então, era mantida nos bastidores. Na última sexta-feira, 2, o líder máximo da legenda, Carlos Lupi, entregou ao presidente o cargo de ministro da Previdência.

Antes disso, porém, a situação já era a pior possível. Historicamente aliado a governos petistas, o PDT reclamava de falta de espaço, cobrava por mais ministérios e, como mostrou VEJA, um cacique da Executiva fez chegar ao Palácio do Planalto ainda no início do ano o recado de que a legenda não se sentia bem tratada no governo.

A avaliação, naquele momento, era a de que a Previdência seria uma pasta que trazia mais dor de cabeça do que efetivos ganhos políticos. O PDT também tem Waldez Góes à frente do Ministério da Integração, mas a indicação não passou pela cúpula do partido, e sim pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), fiel aliado do ex-governador do Amapá.

Apesar de pequeno, com 17 deputados, o partido ressalta entregar proporcionalmente os mesmos votos que legendas como o PSD e o União Brasil, que têm três ministérios e firmaram uma aliança circunstancial com Lula.

Outra reclamação dominante diz respeito às emendas parlamentares dos pedetistas, deliberadamente travadas pelo governo, segundo seus integrantes.

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Alguns dias antes de a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União deflagrarem uma operação para investigar descontos indevidos nos benefícios dos aposentados, a articulação política do governo foi alertada que o clima estava tão ruim que o PDT, se não tivesse reciprocidade, poderia migrar para a oposição.

O alerta foi acompanhado da ressalva de que partidos do Centrão, que ocupam importantes espaços no governo, aderiram em massa ao requerimento de urgência para o projeto que concede uma anistia aos condenados do 8 de janeiro.

Segundo o recado, pelo menos metade da bancada pressionava o comando da legenda a ser autorizada a aderir ao requerimento pró-anistia. O argumento principal é que os membros do partido estavam sendo fortemente coagidos pelos eleitores, o que tem um peso ainda maior considerando que haverá eleições no ano que vem.

O PDT, por outro lado, determinou voto contrário à medida. Em nota oficial, a cúpula da legenda se disse contra a medida porque ela representaria “um profundo ataque aos pilares da Constituição brasileira e da democracia”.



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