Gustavo Maia
Nísia Trindade estava sendo informada pelo presidente Lula sobre sua demissão do comando do Ministério da Saúde, na tarde da terça-feira, quando um de seus colegas procurava saber se o martelo já estava batido.
Questionado pelo Radar se ela havia se manifestado sobre a saída do cargo por mensagem, o ministro comentou que Nísia não estava nem nunca esteve no grupo de WhatsApp de integrantes do primeiro escalão do governo Lula.
O motivo? “É um grupo de ministros que só tem os políticos”.
O apetite da classe política sobre o ministério e a falta de habilidade da ministra, conhecida por ser técnica, para transitar nesse meio foram fatores determinantes para que ela fosse substituída por Alexandre Padilha.
O petista deixará a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência e tomará posse na Saúde no próximo dia 10 de março.
Sobre quem deverá ocupar o posto de Padilha como articulador político do Planalto, o ministro ouvido pelo Radar torce pela escolha do deputado federal Isnaldo Bulhões, líder do MDB na Câmara.
“Seria um golaço. Resta saber se Lula vai abrir mão de ter alguém do PT ali do lado dele”, comentou. O presidente afirmou nesta quarta-feira que já escolheu quem substituirá Padilha, mas que ainda não contou para a imprensa.