Radialista, era apaixonado por futebol, samba e filosofia – 15/03/2025 – Cotidiano

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Mauren Luc

Elmo Siqueira da Silva nasceu e passou a infância em Paulo Afonso (BA) com os nove irmãos. Sua mãe era vendedora ambulante e seu pai trabalhou a vida toda na Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco).

Na adolescência foi para Aracaju (SE), onde adorava ouvir músicas e programas de rádio. Foi quando se apaixonou pela área e decidiu estudar radialismo, formando-se em 1992 pela UFS (Universidade Federal de Sergipe), onde mais tarde também estudou filosofia.

Durante sua carreira, atuou nas rádios Jornal, Atalaia, Aperipê e Sim FM, entre outras. “Com profundo pesar, nos despedimos do repórter e radialista Elmo Siqueira, uma voz marcante da comunicação sergipana. Seu compromisso com a verdade e sua paixão pelo rádio deixaram um legado que jamais será esquecido”, publicou a Sim FM após sua morte.

Elmo foi narrador de futebol e repórter popular, ajudando a resolver problemas do povo. Uma de suas características marcantes era a alegria, sempre sorrindo e bem-humorado, muito carinhoso com todos.

Além do rádio, a música o encantava, como conta o sobrinho Gabriel Vaquer. “Era uma enciclopédia musical. Amava música, de todos os tipos e jeitos. Nas horas vagas, lia e ouvia muita música.”

Levado pelo tio aos estúdios de rádio, ainda garoto, Vaquer –colunista da Folha apaixonou-se pela reportagem e se inspirou em Elmo.

“Ele me fez querer ser o que eu sou. E também me fez amante do samba e torcedor da Mangueira. Só não virei Botafogo”, afirma, sobre time do coração de Elmo, o animador das festas de família.

“Tinha uma brincadeira que dizia que o Elmo não gostava de comida, quando, na verdade, ele adorava.”

Elmo também escreveu um livro, chamado “Tempo e Espaço”, lançado em 2022. “Fala da humanidade. Como diz o resumo: ‘aborda, de forma poética, nossa relação material e espiritual com o divino, conduzindo o leitor a uma reflexão filosófica da nossa frágil e passageira existência’. Acho que era um presságio talvez”, diz o sobrinho.

A irmã, Luciara Siqueira, destaca o amor de Elmo por futebol, samba e filosofia, na qual se aprofundou na vida adulta, com a publicação do livro.

Ela ressalta como o irmão era alegre, doce e gentil com todos. “Sempre cuidou muito bem da nossa mãe. Era um filho que toda mãe queria ter.”

Elmo morreu em 19 de fevereiro, aos 54 anos, de problemas renais. Deixa a mulher, Michelle do Vale, e três filhos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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