Sexo: Carnaval começa com broxada histórica na Sapucaí – 28/02/2025 – X de Sexo Por Bruna Maia

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Muitas mulheres relatam padecer de síndrome da impostora. Elas são plenamente qualificadas para uma tarefa, mas sentem que são uma farsa e que, em algum momento, serão descobertas e expostas.

Claro que essa insegurança atroz pode acometer indivíduo de qualquer gênero, mas, numa sociedade que estimula a confiança nos meninos e chama meninas com tal qualidade de arrogantes, é natural que elas estejam entre as principais vítimas do fenômeno. É muito ruim viver assim, duvidando de si. Mas, em contrapartida, nos ajuda a evitar micos apoteóticos como a já mítica Broxada da Sapucaí.

No último domingo, a Viradouro, campeã do carnaval 2024, estava prestes a entrar na avenida para seu derradeiro ensaio técnico antes do desfile oficial. O público esperava diante do sambódromo vazio, com aquele calor que persegue o carioca até de noite. Até que, de repente, um grupo começou a gritar de um dos setores da arquibancada:

“Broxa! Broxa! Broxa!”.

Eles respondiam a estímulos: um casal resolveu ir aos finalmentes em um dos camarotes, que estava vazio, mas bem iluminado. A mulher estava de bunda pra cima com o rosto devidamente escondido. Mas o homem, bem, ele se distraiu e acabou mostrando demais. Ou de menos. Deu para ver bem quando ele puxou a mangueira pra fora, e ela não estava nem um pouco esplendorosa. Seria desqualificada no quesito evolução.

É, o cara se sentiu confiante o suficiente para se apresentar em frente a enorme público em contexto não apropriado e, na hora, exibiu sua falta de vigor para quem quisesse olhar –e filmar. E isso tudo foi no ano da graça de 2025, em que remédios para garantir a ereção são vendidos pelos mesmos ambulantes que vendem cigarro, chiclete, camisinha e Engov. Ou seja, ele acreditou no seu potencial a ponto de dispensar a segurança da indústria farmacêutica moderna.

Sites de fofoca dão conta de que ele era casado, mas não com a mulher do vídeo (para surpresa de ninguém). Falam que se trata de figura carimbada no meio das escolas de samba, e que teria sido identificado por conhecidos por causa da roupa. Nem sequer era um turista, que pode no dia seguinte pegar o primeiro avião rumo ao esquecimento.

Provavelmente, vai ter que passar o resto da vida sendo lembrado do ocorrido de maneira jocosa, porque o carioca é assim, não esquece nunca um vacilo e não perde a chance de transformá-lo em apelido. Uma dessas alcunhas, aliás, é Molenguinho, já que o enredo da Viradouro se chama “Malunguinho: o Mensageiro de Três Mundos”.

Tudo isso poderia ter sido evitado se o cidadão tivesse sido acometido daquela dúvida incapacitante que por vezes domina mesmo as mulheres mais geniais:

-Será que eu vou dar conta?

Fica aí a dica: confie no próprio taco, mas não tanto assim. E usem camisinha!

Bruna Maia é escritora, cartunista e jornalista. Autora dos livros ‘Parece que Piorou’, ‘Com Todo o Meu Rancor’ e ‘Não Quero Ter Filhos’, fala de tudo o que pode e do que não pode no sexo



Leia Mais: Folha

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