Trump atribui a imigrante foto com tatuagem de gangue – 19/04/2025 – Mundo

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, em um post na rede X, que o imigrante Kilmar Abrego teria uma tatuagem da gangue salvadorenha MS-13, insinuando que essa seria uma evidência para sua deportação —que foi feita por engano pelo governo americano.

Uma publicação da Casa Branca feita neste sábado (19) no X, o antigo Twitter, diz: “Se ele faz tatuagens como a MS-13, bate em mulheres como a MS-13 e desrespeita a lei como a MS-13, então ele provavelmente é da MS-13”.

O post traz uma imagem de Trump segurando a foto de um punho fechado, em que tatuagens de sílabas e números feitas nos dedos formam, juntas, a inscrição MS-13. A imagem, porém, mostra apenas uma mão —não é possível identificar a quem ela pertence.

Alguns usuários da rede afirmam, nos comentários da postagem, que a imagem parece ter sido alterada digitalmente.

Junto da imagem de Trump, um texto diz: “Esta é a mão do homem que os democratas acham que deveria ser trazido de volta aos Estados Unidos, porque dizem que ele é uma ‘pessoa tão boa e inocente’. Dizem que ele não é membro da MS-13, mesmo tendo MS-13 tatuado nos nós dos dedos”. A mensagem também afirma que dois tribunais altamente respeitados concluíram que ele era membro da MS-13.

García foi detido por agentes do Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE, na sigla em inglês) enquanto dirigia com seu filho pequeno no estado de Maryland, nos Estados Unidos.

Três dias depois, sem aviso prévio, processo legal ou audiência, foi deportado para El Salvador —país de onde havia fugido ainda adolescente em decorrência da violência de gangues. A deportação ocorreu apesar de uma ordem judicial vigente que proibia sua remoção do território americano. O governo dos EUA posteriormente admitiu que o episódio foi resultado de um erro administrativo.

A Justiça, então, determinou o retorno imediato de García, mas o governo afirmou que não poderia obrigar El Salvador a devolvê-lo. Até aquele momento, Kilmar era mantido preso em uma penitenciária de segurança máxima conhecida por abrigar membros de gangues — o mesmo tipo de violência da qual ele fugiu mais de uma década antes.

O episódio reacendeu críticas à condução das políticas imigratórias sob o governo Trump, especialmente no que diz respeito à deportação de estrangeiros com status legal ou com proteção judicial reconhecida. Para muitos, a história de García levanta dúvidas sobre o alcance das garantias constitucionais para imigrantes em solo americano.

Na quinta-feira García reuniu-se com o senador democrata americano Chris Van Hollen num local que aparenta ser um restaurante, segundo fotografias publicadas no X pelo congressista e pelo presidente Nayib Bukele.

Em 16 de março, García tinha sido levado para a prisão de segurança máxima construída em El Salvador por Bukele para abrigar membros de gangues, onde foram detidos cerca de 280 venezuelanos e salvadorenhos expulsos por Trump, sob acusação de serem criminosos.



Leia Mais: Folha

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