A Berkshire Hathaway, holding do investidor Warren Buffett, vendeu toda a participação que tinha no Nubank, de acordo com um documento protocolado nesta quinta-feira (15) na SEC (Securities Exchange Comission), órgão americano equivalente à Comissão de Valores Mobiliários no Brasil.
A companhia Buffett tinha 40,2 milhões de ações na Nu Holdings. A cotação da ação nesta quinta-feira é de US$ 13,13, portanto a operação inteira foi de cerca de US$ 527,8 milhões (R$ 3 bilhões).
A venda, no entanto, aconteceu nos primeiros meses deste ano: o documento que Berkshire enviou à SEC detalha suas participações na data de 31 de março.
A Berkshire fez um aporte de US$ 500 milhões no Nubank em junho de 2021. Na ocasião, a fintech ainda não tinha aberto o capital e disse em um comunicado que os investidores “como a Berkshire Hathaway, nos ajudam a acelerar a nossa missão de desburocratizar a vida das pessoas na América Latina”.
Além dessa operação, a Berkshire também se desfez de toda a participação que tinha no Citigroup e vendeu de parte de suas ações no Bank of America e Capital One Financial.
A empresa vinha vendendo seus papéis da Apple (a Berkshire é a maior acionista da companhia de tecnologia), mas nesse relatório foi informado que ela mantém 300 milhões de ações que valem cerca de US$ 66,6 bilhões.
Buffett, 94, é o investidor mais famoso e influente do mundo. Ele anunciou no começo deste mês que vai deixar o comando do conglomerado Berkshire Hathaway, um gigante financeiro que ele construiu ao longo das últimas seis décadas e que hoje vale US$ 1,1 trilhão.
Segundo a Forbes, ele é a quinta pessoa mais rica do mundo.
O comunicado da aposentadoria de Buffett foi feito na 60ª reunião anual que o investidor promove na cidade de Omaha, no estado do Nebraska. No encontro, ele defendeu que Greg Abel seja o próximo CEO da Berkshire.
Entre janeiro e março deste ano, a Berkshire venceu US$ 4,68 bilhões em ações e comprou US$ 3,18 bilhões –ou seja, uma diminuição de US$ 1,5 bilhão.
A companhia está acumulando dinheiro ou títulos de alta liquidez. No fim de março, havia US$ 347,7 bilhões em caixa.
