Isabelle Nascimento
A Polícia Penal realizou, na última semana, a 7ª fase da operação Mute, que acontece simultaneamente em todos os estados do país e no Distrito Federal. A ação, que no Acre aconteceu na Divisão de Estabelecimento Penal de Recolhimento Provisório de Rio Branco, na Divisão de Estabelecimento Penal de Sena Madureira e no Núcleo de Custódia Especial, conhecido como UP04, é capitaneada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais e fez uma das maiores apreensões já registradas.
A operação teve como objetivo cessar qualquer tipo de comunicação ilegal de dentro das prisões do país com o mundo externo e, dessa forma, desarticular as organizações criminosas dentro das unidades prisionais.
Foram apreendidos 65 celulares, 45 carregadores, 39 pacotes de tabaco, 1,45kg de material aparentando ser maconha, 10g de material aparentando ser cocaína e 3 objetos perfuro cortantes.
Durante coletiva de imprensa, realizada na Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) nesta terça-feira, 25, o presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), Marcos Frank Costa, explicou que a instituição pretende fortalecer ainda mais as ações de combate ao crime dentro do sistema prisional: “Tivemos a apreensão de 65 celulares e esse foi o maior êxito da operação. Nosso trabalho tem sido de fortalecer ainda mais essas ações, por meio da Polícia Penal”.
A Polícia Civil deve conduzir as investigações com relação aos ilícitos encontrados na operação. O delegado-geral do Acre, Henrique Maciel, informou na coletiva que a apreensão feita pelo Iapen ajuda a desarticular ações criminosas do lado de fora das unidades: “O conteúdo, que deve ser identificado após avaliação desses celulares, pode acarretar em outras investigações. Quando você corta essa comunicação [entre o presídio e o exterior das unidades], evidentemente diminui o crime do lado de fora, de uma forma significativa”.
A operação contou com o apoio de diversas forças de segurança. Além da Polícia Penal e suas especializadas, DPOE, DSOE e DOC, também estiveram presentes a Polícia Penal Federal, representando a Senappen; a Polícia Federal, por intermédio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco); a Agência Brasileira de Inteligência (Abin); e a Polícia Militar.
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