A grande maioria dos parlamentares defende a regulamentação dos supersalários, mas diverge sobre quais proventos deveriam estar incluídos no teto, de acordo com levantamento realizado pela instituição Ranking dos Políticos.
A pesquisa ouviu 111 deputados federais de 18 partidos e 26 senadores de 11 partidos nos dias 19 e 20 de março, respeitando o critério da proporcionalidade partidária.
Segundo o levantamento, 85,5% dos deputados e 92,4% dos senadores afirmam ser necessário regulamentar os supersalários. Apesar disso, pouco mais da metade dos deputados (53,1%) acham que isso acontece nesta Legislatura, ante 80,8% dos senadores.
Há também divergência sobre o que deve ser incluído no teto. Para 46,8% dos deputados e 46,2% dos senadores, todos os proventos deveriam ser incluídos. Já 38,7% dos deputados e 46,2% dos senadores avaliam que nem todos os benefícios precisariam estar no teto, somente alguns específicos. E 14,5% dos deputados e 7,6% dos senadores acham que auxílios e gratificações devem permanecer fora do teto.
Para Juan Carlos Arruda, diretor-geral do Ranking dos Políticos, esse ponto ainda é um entrave nas negociações. Análise técnica do estudo indica que a aprovação de uma regulamentação com muitas exceções pode comprometer a efetividade da proposta.
“A sociedade brasileira não tolera mais privilégios descolados da realidade. É hora de o Congresso responder à altura. A pesquisa mostrou que tem se formado consenso para a aprovação da matéria”, afirma.
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