Orlando Morando
Ao me deparar diante do questionamento se é adequada a criação da Polícia Municipal, a resposta, do ponto de vista técnico, estratégico e social, é clara: sim, pois o nome “polícia” é universal. Por que somente no Brasil distinguir?
Ao aceitar o convite do prefeito Ricardo Nunes (MDB) —feito em dezembro para ser o secretário de Segurança Urbana de São Paulo, a partir de 1º de janeiro deste ano— objetivei o propósito de trazer um trabalho focado para acabar com a sensação de insegurança na nossa sociedade.
Algo que pude contribuir de maneira significativa durante minha gestão de prefeito de São Bernardo do Campo (SP), entre 2017 e 2024, na qual a segurança foi um dos setores com mais investimentos e ações concretas. Essa classificação foi apontada pelo Instituto Real Big Data, realizada no último mês da minha gestão, e trouxe uma aprovação de 81% da população são-bernardense.
Em São Paulo, Ricardo Nunes elevou a estruturação da segurança pública a níveis jamais proporcionados, garantindo um expressivo resultado no combate à criminalidade, além da formação de profissionais e amplitude do setor. É necessário destacar o papel fundamental que a Guarda Civil Metropolitana de São Paulo tem feito ao longo do tempo e como essa contribuição e ação foram se tornando essenciais na vida do cidadão.
Em fevereiro último, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que é constitucional o poder de polícia para que guardas municipais atuem em ações de segurança urbana.
Mais do que isso, é uma pancada contra a criminalidade. A GCM de São Paulo é maior do que a Polícia Militar de dez estados. São aproximadamente 7.500 agentes trabalhando de forma intensa e dedicada na segurança em todos os aspectos. Trata-se de uma corporação muito bem armada, preparada e treinada, com o apoio do Smart Sampa e de 25 mil câmeras espalhadas pelas ruas da capital, que foram responsáveis pela prisão de mais de mil pessoas que estavam foragidas da Justiça.
Já temos polícias metropolitanas em Nova York e em outras cidades do mundo. Tenho certeza de que, com a Polícia Municipal de São Paulo, em um trabalho conjunto com as polícias Militar e Civil, a segurança será reforçada para quem vive, visita e trabalha no município.
Graças às ações estratégicas de investimento em tecnologia, aumento e preparo do efetivo e equipamentos modernos, aliadas à parceria com o governo do Estado, o centro da cidade de São Paulo registrou queda de 30,5% nos índices de roubos em fevereiro deste ano em relação ao mesmo mês de 2024.
Vivemos um momento em que os desafios na área da segurança pública se tornam cada vez mais complexos. A população clama por respostas rápidas e eficazes. Nesse cenário, trazer a nomenclatura da Polícia Municipal surge como uma alternativa moderna, eficiente e alinhada com o princípio da descentralização das políticas públicas.
A Polícia Municipal não visa substituir as polícias Civil e Militar, mas sim atuar de forma complementar.
Vale destacar que, neste ano, o papel dos profissionais da segurança da prefeitura paulistana ocorreu em ações práticas voltadas à melhoria da qualidade de vida da população. Uma das prioridades foi fortalecer o trabalho da GCM, que passou a contar com 500 novos agentes e 50 viaturas elétricas e a instalação do “Prisômetro”. Também aprimoramos programas para coibir a criminalidade e dar tranquilidade ao cidadão, como é o caso da Operação Paulista Mais Segura.
Ao defendermos a criação da Polícia Municipal, estamos lutando por uma cidade mais segura, mais preparada e com maior capacidade de resposta diante dos desafios cotidianos. É uma forma de empoderar o município e assumir, com responsabilidade, um papel ativo na construção da paz social.
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