Walter Porto
A escritora Ana Maria Gonçalves, autor do épico “Um Defeito de Cor”, se candidatou na tarde desta terça-feira à vaga aberta na Academia Brasileira de Letras pela morte do linguista Evanildo Bechara, ocorrida na última quinta.
Gonçalves foi a primeira a se inscrever após a sessão da saudade de Bechara, que foi às 16h desta terça. Caso ela seja eleita, será a primeira mulher negra a ocupar uma cadeira na história da ABL.
A escritora mineira vive hoje no Rio de Janeiro e sua candidatura era cortejada por acadêmicos há tempos, portanto ela larga como favorita.
Seu romance histórico de 950 páginas protagonizado por Kehinde, personagem inspirada na trajetória de Luiza Mahin, rapidamente se tornou uma das mais influentes obras literárias do país —acaba de ficar em primeiro lugar na lista organizada pela Folha de melhores livros brasileiros de literatura do século 21.
A candidatura frustrada de Conceição Evaristo, há sete anos, foi um marco na história recente da ABL. Ela teve uma intensa campanha popular por trás de seu nome, mas acabou com apenas um voto contra 22 do cineasta Cacá Diegues, que acabou eleito na ocasião.
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