Fábio Luís de Paula
São Paulo
Acontece neste sábado (31), a partir das 10h (horário de Brasília), a final do Miss Mundo 2025 (ou Miss World, no original) em Telangana, na Índia. O concurso, um dos maiores e mais antigos do planeta, celebra sua 72ª edição com um grupo de 108 candidatas. Elas lutam pela coroa que hoje pertence à modelo Krystyna Pysková, da República Tcheca.
Quem defende o Brasil na contenda é a modelo paulista Jéssica Pedroso, 24, que venceu o título nacional em setembro de 2024. Desde sua vitória, ela iniciou uma preparação para encarar o confinamento e das etapas preliminares do mundial, período que dura quase um mês.
A poucos dias do encerramento, Jessy —como gosta de ser chamada—, é considerada uma das favoritas ao trono pelos especialistas em competições de miss. Segundo os “missólogos”, ela é um dos destaques deste ano por sua visível entrega nos compromissos e atividades de agenda, assim como por suas colocações nas provas do concurso, que valem pontos classificatórios.
A expectativa é grande, já que a última vez em que uma brasileira venceu o título foi há 54 anos, em 1971, com a médica carioca Lúcia Petterle. “Estou sedenta pela coroa de Miss World. Então vou dar o meu melhor, me dedicar ao máximo. Quero trazer o título para o nosso país”, disse ela, logo após vencer o nacional.
Natural da cidade de Piracicaba (SP), a cerca de 160 km da capital paulista, a Miss Brasil Mundo é modelo, pedagoga bilíngue, licenciada em letras e engajada em causas socioculturais, artísticas e ambientais. Filha de mãe professora e pai mecânico, Jessy tem 1,74 metro de altura, cabelos castanhos e olhos verdes em tons de esmeralda.
A jovem é a 8ª paulista a defender o Brasil no Miss Mundo. Antes dela, representantes do estado estiveram no palco internacional em 1970, 1972, 1979, 1981, 1992, 2001 e, mais recentemente, em 2015 com Catharina Choi. Jessy é também a 63ª titular do concurso nacional.
Na defesa de Jessy levada à etapa mundial “Beauty With a Purpose” (“Beleza Com Propósito”) —que incentiva as misses a idealizarem e executarem um projeto social— ela apresentou seu apoio e atuação na Fundação Projeto Pescar, onde atua como professora de inglês. A instituição está situada em 40 municípios brasileiros e foca em incentivar a educação a jovens em diferentes situações de vulnerabilidade.
“Minha avó e minha mãe sempre deram aulas em escolas de zonas rurais e periféricas, e acompanhar de perto as transformações que elas fizeram nas vidas de crianças me trouxe uma grande admiração por essa profissão. Por isso trabalho em causas educacionais e sociais com o objetivo de transformar realidades através do conhecimento e da esperança, assim como a minha foi”, declarou.
Outra curiosidade sobre Jessy é que, em 2022, ela venceu o Miss Brasil Terra e representou o país no Miss Earth daquele ano, ficando classificada entre as 12 semifinalistas. Ela entra agora no rol das apenas 7 brasileiras que tiveram a chance de representar o país em dois grandes concursos mundiais de beleza, ao longo das últimas décadas.
Ao lado de Jessy, estão nesse grupo as gaúchas Julia Gama (que foi ao Miss Universo 2020 e Miss Mundo 2014) e Sancler Frantz (Miss Supranational 2023 e Miss Mundo 2013); além da potiguar Deise Benício (Miss International 2014 e Miss Supranational 2020), a paulista Bruna Zanardo (Miss Terra 2016 e Miss International 2017), a carioca Gabrielle Vilela (Miss Mundo 2017 e Miss Grand International 2018) e a gaúcha Adriana Alves de Oliveira (Miss Universo 1981 e Miss Mundo 1984).
Comandado pela Miss World Organization, que também realiza o Mister Mundo, o Miss Mundo faz parte do grupo dos maiores concursos do planeta, onde estão também o Miss Universo, o Miss Terra, o Miss Grand International, o Miss International e o Miss Supranational.
Apesar de ter sido lançado em 1951, o Miss Mundo começou a contar com representantes brasileiras apenas em 1958, sendo a pernambucana Sônia Maria Campos a primeira representante do país.