Hamas deve libertar refém Edan Alexander em Gaza – 11/05/2025 – Mundo

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O refém israelo-americano Edan Alexander, 21, soldado do Exército de Israel que nasceu e foi criado em Nova Jersey, deve ser libertado em breve na Faixa de Gaza.

A informação, publicada pelo jornal Times of Israel, foi confirmada neste domingo (11) pelo governo dos EUA ao gabinete do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu. Segundo o jornal, a libertação está programada para acontecer “sem qualquer compensação ou condições” e como demonstração de boa vontade para os EUA.

Não foi especificado o momento em que Alexander será solto, mas uma fonte com conhecimento do assunto disse à Reuters que isso deve acontecer por volta da terça-feira.

A libertação de Alexander, que acredita-se ser o último refém americano vivo mantido pela organização terrorista, ocorreria antes da visita do presidente dos EUA, Donald Trump, ao Oriente Médio nesta semana.

Segundo o grupo islâmico, a libertação faz parte dos esforços para alcançar um acordo de cessar-fogo e permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza.

Outro membro do Hamas, Khalil al-Hayya, o chefe da organização de Gaza exilado, afirmou que os esforços para viabilizar a libertação foram conduzidos conjuntamente por Qatar, Egito e Turquia.

“O movimento reafirma sua disposição de iniciar imediatamente negociações e fazer esforços sérios para alcançar um acordo final para acabar com a guerra e realizar uma troca de prisioneiros da maneira acordada”, afirmou Hayya.

Conversas diretas em quatro vias que levaram à libertação foram realizadas entre representantes dos EUA, Catar, Egito e Hamas, disse à Reuters uma fonte com conhecimento das negociações.

Não houve comentário até o momento por parte do gabinete do primeiro-ministro de Israel sobre o anúncio.

O Hamas já libertou 38 reféns desde o início de um cessar-fogo em 19 de janeiro. Em março, o Exército de Israel retomou sua ofensiva terrestre e aérea em Gaza, encerrando o cessar-fogo após o Hamas rejeitar propostas para estendê-lo sem o fim da guerra.

Autoridades israelenses afirmaram que a ofensiva continuará até que os 59 reféns restantes sejam libertados e Gaza esteja desmilitarizada. O Hamas insiste que só libertará os reféns como parte de um acordo para encerrar a guerra e rejeita exigências para depor as armas.

O grupo afirmou estar disposto a libertar todos os reféns restantes capturados nos ataques de 7 de outubro de 2023 e aceitar um cessar-fogo permanente se Israel se retirar completamente de Gaza.

Israel, que controla cerca de um terço do território de Gaza e impõe um bloqueio à ajuda humanitária desde março, declarou em maio que ampliará sua ofensiva em Gaza.

O enviado especial dos EUA, Adam Boehler afirmou que a libertação de Alexander é um passo positivo. “Também pedimos que o Hamas liberte os corpos de outros quatro americanos que foram levados.”

Os EUA já haviam mantido conversas com o grupo terrorista palestino para garantir a libertação de reféns americanos mantidos em Gaza.

O gabinete do primeiro-ministro afirmou que os EUA disseram a Israel que a libertação de Alexander pelo Hamas abriria caminho para negociações pela libertação de mais reféns.

Israel lançou sua campanha em Gaza em retaliação ao ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que matou 1.200 pessoas, segundo números israelenses, e resultou na captura de 251 reféns.

A campanha já matou mais de 52.800 palestinos, segundo autoridades locais de saúde, e deixou seus 2,3 milhões de habitantes da Faixa de Gaza dependentes de ajuda humanitária.



Leia Mais: Folha

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