Matheus Leitão
O presidente da Câmara, Hugo Motta, deu mais uma importante sinalização contraria a urgência do projeto de anistia aos golpistas do 8 de Janeiro. Também demonstra, a cada momento, que seu mandato será bem diferente do antecessor Arthur Lira.
Tomado pelo espírito de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, o presidente da Câmara afirmou que a Casa deve “gastar energia com o que realmente representa avanços no País, como os problemas da saúde, da educação e da segurança pública”.
Hugo Motta fez até um apelo aos colegas deputados. “peço que o Parlamento se concentre nessa agenda, que é o que a população realmente nos pede neste momento”.
A declaração do novo líder do Congresso foi dada no interior de Minas Gerais, mais especificamente na cidade de São João del-Rei, onde se comemorou o 40º aniversário do falecimento do ex-presidente Tancredo Neves.
Recentemente, o presidente da Câmara também negociou com o deputado Glauber Braga que, demonstrando a falta da agenda da esquerda, fez uma ridícula greve de fome para salvar seu mandato parlamentar.
Essa negociação seria impensável no tempo de Arthur Lira, que tratorava a agenda, as comissões e até o mandato de muitos parlamentares.
Continuando assim, Hugo Motta demonstrará – ou sinalizará – que a renovação na política por novas gerações (ele tem 35 anos) pode trazer dúvidas e temores – vide o mandato de Nikolas Ferreira – mas também alento para a cada vez mais desafiada democracia brasileira.