Constance Malleret in Rio de Janeiro
Ativistas ambientais em Brasil criticaram uma reversão dramática de ambiental As salvaguardas após o Senado aprovaram um projeto de lei que desmontaria os processos de licenciamento e aumentaria o risco de destruição generalizada.
A Câmara Alta passou a chamada “Lei de Devastação”, com 54 votos para 13 na quarta-feira, abrindo caminho para projetos que variam de mineração e infraestrutura a energia e agricultura para receber aprovação regulatória com pouca ou nenhuma supervisão ambiental.
O projeto agora retorna à câmara baixa para aprovação final. Nenhuma data foi marcada para votação lá, mas espera -se que seja aprovada sem resistência na câmara conservadora repleta de apoiadores do lobby do agronegócio.
A iniciativa propõe revisar os rigorosos procedimentos de licenciamento ambiental do Brasil para tornar o sistema mais simples e eficiente. Mas foi condenado por ativistas e formuladores de políticas climáticos como um revés histórico que ignora a realidade do crise climática e voa diante dos compromissos do Brasil em combater as mudanças climáticas.
“É como se livrar dos freios em um veículo em movimento”, disse Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa Climate Policy ThinkTank. Ela disse que o projeto comprometeu os compromissos do Brasil de erradicar o desmatamento até 2030 e atingirem o zero líquido até 2050.
A legislação proposta permitiria que alguns projetos renovassem licenças por meio de um processo de autodoligação e afrouxassem os requisitos para empreendimentos de alto impacto, como mineração, permitindo que desenvolvimentos potencialmente prejudiciais avançassem sem considerações sérias de seus impactos em coisas como reservatórios aquáticos, desmatamento ou comunidades locais.
“A maioria dos procedimentos de licenciamento se tornará um pressionamento de um botão sem um estudo ambiental ou avaliação de impacto ambiental”, disse Suely Araújo, coordenadora de políticas públicas da Rede de ONGs do Observatório Climático.
O Instituto Socioambiental (ISA), uma organização da sociedade civil, disse que a proposta desmontaria um sistema de proteções ambientais que foi construído ao longo de décadas e acabaria com as condições que exigem que as empresas adotem medidas de prevenção, mitigação e remuneração, aumentando assim o risco de destruição e conflitos nas áreas rurais.
O Isa calculado que a aprovação da lei ameaçaria diretamente mais de 3.000 áreas protegidas, incluindo terras ocupadas por povos indígenas e Afro-descendente quilombola comunidadese colocou 18m hectares (44,5m acres) de floresta em risco. “A conta representa um colapso predito”, disse o ISA.
O progresso do projeto de lei no Congresso atraiu uma consternação particular, pois o Brasil se prepara para sediar a Conferência Climática da COP30 na Amazônia em novembro. O governo disse que deseja que a cúpula deste ano seja de ação, mas essa tentativa de desmantelar as proteções ambientais mina a credibilidade do país, disse Unterstell.
“Ele envia o sinal errado na hora errada”, disse ela.
Ministro do Meio Ambiente Marina Silva descrito A aprovação do projeto de lei como um “golpe da morte” para os esforços climáticos do Brasil, mas outros membros de Luiz Inacio Lula da SilvaO governo já havia expressado apoio à medida, dizendo que ajudaria a atrair investimentos.
Embora Lula tenha sido bem -sucedida em reduzir o desmatamento, que caiu 32% em todo o país no ano passado, de acordo com Mapbiomasele decepcionou o movimento climático em outras áreas, principalmente com sua posição sobre a exploração de petróleo.
Uma das emendas introduzidas pelo Senado aceleraria as licenças para projetos considerados uma prioridade do governo. Os senadores pró-óleo esperam que isso possa se beneficiar controverso Projetos de exploração perto da foz do rio Amazonasuma nova fronteira de petróleo, onde a empresa de petróleo controlada pelo Estado Petrobras até agora não teve êxito em seu esforço para obter licenças de perfuração do vigia ambiental Ibama.