Por que o PDT está com um pé no governo Lula e o o…

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Matheus Leitão

O PDT rompeu com o governo Lula gerando mais uma baixa no Congresso Nacional justamente no momento mais complicado para o presidente, precisando de apoio para aprovação de medidas-chave para 2026 e enquanto é acuado com a possibilidade da CPI do INSS.

A legenda tem 20 cadeiras – ou seja, não são muitos – mas, diante da fragilidade da base de Lula no parlamento desde o início do governo, são votos que farão falta.

O curioso é que o rompimento foi em parte. A base na Câmara afirmou não estar mais com o governo Lula, dizendo-se “independente” a partir de agora, mas no Senado o PDT ainda é lulista por conta “do projeto de desenvolvimento para o Brasil”.

É ou não é estranho? O partido do demitido Carlos Lupi do ministério da Previdência está com um pé dentro e um pé fora da quinta gestão petista. Aliás, os 17 deputados prometem agora, através do líder Mário Heringer, oferecer uma “alternativa [a Lula] para 2026”.

Já o senador Weverton Rocha diz respeitar a bancada da Câmara “embora tenha um posicionamento diferente”. Ele fala por mais dois senadores trabalhistas que somam três votos na Casa.

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Enquanto isso, cacique Ciro Gomes fez um de uma coletiva um picadeiro para dizer que Lupi é “um homem sério”. “Um homem de vida simples. Conheço, já fui na casa dele muitas vezes. Não tem nenhum hábito, nenhum sinal exterior de riqueza”, disse, inocentando o aliado.

Mas reclamou do substituto, Wolney Queiroz, também do seu partido. “Estou muito envergonhado! Isto é uma indignidade inexplicável! Na medida em que o Lula queima, frita o Lupi e nomeia o seu braço-direito para o lugar, ele está apenas conseguindo subornar vocês, da imprensa. Por quê? Qual é a culpa do Lupi se não uma responsabilidade remota, que cabe ao Lula, política, não dolosa e tal?”, questionou.

Suborno? Ciro realmente não consegue ter o mínimo de civilidade. O caso continua sendo visto como um baita erro do governo Lula e do PDT, partido dele, que viu a roubalheira aumentar de R$ 300 milhões no governo Bolsonaro para R$ 3 bilhões na atual gestão sem fazer nada.

Em 2007, quando escrevi na revista Época uma reportagem sobre irregularidades de um apadrinhado de Ciro no Banco do Nordeste, o político cearense me processou. Perdeu em todas instâncias a que recorreu. Só assim parou de ser boquirroto sobre o caso.



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