Bruna Fantti
Um suspeito de envolvimento no assassinato do policial civil João Pedro Marquini foi morto durante uma operação da Polícia Civil na tarde desta quinta-feira (15), no bairro de Santa Cruz, zona oeste do Rio de Janeiro.
De acordo com a corporação, Alefe Jonathan Fernandes Rodrigues estava em casa e teria reagido à abordagem. Ele é apontado como um dos suspeitos de atirar contra Marquini, que era lotado na Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) e foi morto no fim de março, na frente da esposa, a juíza Tula Corrêa de Mello, durante uma tentativa de assalto.
Segundo a Polícia Civil, “ao notar a presença dos agentes, o homem atacou os policiais, que agiram em legítima defesa”. Alefe foi socorrido e levado ao Hospital Municipal Pedro 2º, mas não resistiu aos ferimentos.
Durante a ação, que contou com apoio da Core, uma arma que estaria com Alefe foi apreendida e será submetida a perícia.
Em nota, a Polícia Civil disse que as investigações continuam para identificar e prender os demais envolvidos, além de desarticular o grupo responsável pela morte do policial.
Em 15 de abril, uma outra operação foi realizada na Ladeira dos Tabajaras, zona sul do Rio, com o objetivo de prender suspeitos ligados ao caso. Na ação, cinco pessoas morreram e outras três foram presas em flagrante. Entre os detidos está um suspeito de participação direta no crime.
De acordo com a investigação, horas antes do assassinato de Marquini, traficantes da comunidade dos Tabajaras teriam atacado milicianos do Antares, na zona oeste, a mando de Ronaldinho Tabajara, apontado como chefe do tráfico local e ligado à facção Comando Vermelho.
Na volta da ação, o grupo teria decidido roubar os carros de Marquini e Tula na região da Serra da Grota Funda. A polícia acredita que o objetivo seria dificultar a identificação dos criminosos, já que os veículos usados no ataque anterior tinham marcas de disparos.