Gabriel Justo
Encerrando a primeira leva de headliners do palco Anhangabau, o cantor Silva começou sua apresentação na Virada Cultural às 22h25, um atraso de 25 minutos em relação ao previsto.
Numa mudança brusca da vibe do palco que mais cedo recebeu um show lotado do pagodeiro Belo e da Osquestra Sinfônica Heliopolis —seguido pela enérgica apresentação da aparelhagem Tudão Crocodilo— Silva subiu ao palco cantando “A Cor é Rosa”, dele próprio, e “Você Não Entende Nada”, de Caetano Veloso.
Por um erro de escalação do lineup, Silva encontrou uma plateia esparsa, uma vez que boa parte do público de Belo, que ainda se divertia no intervalo com Tudão Crocodilo, começou a ir embora assim que as atenções se voltaram ao palco principal.
Ainda assim, ao longo show, o cantor foi colocando a pista para dançar aos poucos com “Capoeira Larara”, “Uma Brasileira”, dos Paralamas do Sucesso, e também com hits em parcerias com Ludmilla (“Por do Sol na Praia”), e com Anitta (“Fica Tudo Bem”) —essa última interrompida por mais uma falha de som, desta vez de alguns segundos, nos últimos instantes da faixa. Mais cedo, o show de Belo teve uma pausa de 15 minutos pelo menos problema. O show de Silva seguiu normalmente.
Na segunda metade do show, a pista se animou um pouco mais ao som de “Mal Acostumado”, do Ara Ketu, e “Nobre Vagabundo”, de Daniella Mercury. Muita animação também em “Odara”, de Caetano, e “Toda Menina Baiana” de Gilberto Gil. O show terminou às 23h40. O clima de fim de festa se dá também pela enorme quantidade de copos práticos no chão. Não há lixeiras além daquelas fixas do próprio vale.
Mas, o centro ainda conta com programação paralela, como no Mosteiro de São Bento. Por lá, o público se aglomerou na tentativa de conseguir um lugar para ver o maestro João Carlos Martins. Com a igreja lotada, a segurança passou a fazer revezamento de público, no esquema “sai um, entra um”.