Supantha Mukherjee, Simon Johnson
O Parlamento da Suécia aprovou nesta terça-feira (20) uma nova lei que proíbe a compra de conteúdos sexuais na internet, impondo restrições a plataformas como o OnlyFans.
Pela nova legislação, será ilegal oferecer compensação a outra pessoa para realizar um ato sexual remotamente pela internet.
No entanto, a lei ainda permite que usuários assistam e paguem por conteúdos sexuais pré-gravados ou transmissões ao vivo, desde que não sejam solicitadas diretamente pelos compradores.
“Trata-se de prostituição digitalizada, onde os limites entre pornografia e tráfico de pessoas se confundem, mas onde a exploração e o abuso estão presentes”, disse a deputada social-democrata Sanna Backeskog, segundo a agência de notícias TT, durante o debate parlamentar.
O OnlyFans é uma plataforma voltada para conteúdo adulto que permite que qualquer pessoa — de celebridades e estrelas pornô a influenciadores iniciantes — venda vídeos sexualmente explícitos de si.
Criado em 2016, o site conta com centenas de milhões de usuários e movimenta milhões de dólares por ano.
A plataforma já é restrita ou proibida em alguns países, como a Turquia.
Uma porta-voz do OnlyFans afirmou que a empresa “cumpre todas as leis e regulamentos nas jurisdições em que opera”.