Gustavo Maia
O Palácio do Planalto informou há pouco que o presidente Lula se reuniu na manhã desta sexta-feira com a deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e a convidou para assumir a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.
Gleisi vai substituir o atual articulador político do Planalto, Alexandre Padilha, que foi indicado na terça-feira para assumir o comando do Ministério da Saúde no lugar de Nísia Trindade, demitida por Lula.
A posse da nova ministra está marcada para o dia 10 de março, mesmo dia da cerimônia de transmissão de cargo de Padilha na Saúde.
Mais cedo, o Radar revelou que Gleisi já se preparava para assumir a SRI, algo que parecia improvável até para o mais apaixonado dos petistas palacianos. Ela está de saída da presidência do PT, posto que ocupa desde 2017.
Quando o Radar publicou, na semana passada, a primeira nota informando da possível nomeação de Gleisi para a articulação política, auxiliares de Lula consideraram a ideia surreal e pouco provável. O presidente, no entanto, já havia manifestado a vontade de dar o cargo para a petista durante conversas com políticos na viagem que fez ao Amapá, há duas semanas.
Nesta sexta, Gleisi deve viajar com Lula ao Uruguai para a posse do novo presidente, Yamandú Orsi.
Alas petistas ainda tentaram convencer Lula a indicar outro nome para a articulação política, como o do líder do governo na Câmara, José Guimarães. A investigações da Polícia Federal sobre emendas parlamentares desviadas no Ceará representam um obstáculo nesse caso. Aliados de partido de centro no Congresso, como o MDB, também disputavam o posto, assim como partidos do Centrão.
