Estudante de escola pública do sertão da PB ganha bolsa em cinco universidades dos EUA

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Ela vai longe! Com determinação, talento e muito esforço, a estudante Radymilla Camilo, de 20 anos, natural de Belém do Brejo do Cruz (PB), emocionou o Brasil ao conquistar bolsa de estudo em cinco universidades dos EUA— sendo uma delas integral. A jovem, que estudou em escola pública e se formou no Instituto Federal da Paraíba (IFPB), agora se prepara para embarcar rumo à Georgia Tech, onde vai cursar Ciência da Computação e Design Industrial.

Filha do sertão, Radymilla trilhou um caminho desafiador, que incluiu anos de preparação, estudo autônomo de inglês e diversas tentativas frustradas até finalmente conquistar o sonho de estudar no exterior. A aprovação veio com uma carta que começava com a palavra “Congratulations!”, e o que parecia impossível se tornou realidade.

Com o coração cheio de gratidão e planos ambiciosos, ela já sabe o que quer: criar uma startup voltada para tornar a tecnologia e o design mais acessíveis para jovens como ela.Maravilhosa!

Raízes no sertão

Radymilla cresceu em Belém do Brejo do Cruz, uma pequena cidade do Sertão paraibano, e estudou no IFPB – Campus Catolé do Rocha, onde fez o curso técnico integrado em Edificações. Foi lá que teve o primeiro contato com robótica e desenvolvimento web, áreas que a encantaram e ajudaram a moldar sua vocação profissional.

“Foi no IFPB que eu comecei a enxergar a tecnologia como carreira. Sempre tive curiosidade, mas ali tudo começou a fazer sentido”, contou emocionada.

Além das aulas, ela participou de projetos de extensão e pesquisa, que fortaleceram ainda mais sua vontade de inovar e gerar impacto social com a tecnologia.

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Aprovação internacional

A trajetória até as bolsas exigiu disciplina, resiliência e muita coragem. Ainda no ensino médio, Radymilla começou a estudar inglês por conta própria, assistindo a vídeos, lendo artigos e praticando com o que tinha à disposição. Também mergulhou em pesquisas sobre oportunidades acadêmicas no exterior.

Mais tarde, ela entrou em programas de mentoria gratuitos que auxiliam estudantes brasileiros a aplicar para universidades no exterior. Lá aprendeu a montar sua candidatura, escrever cartas de motivação e se preparar para entrevistas e provas padronizadas.

Mas nem tudo foram flores. No primeiro ano de candidatura, Radymilla recebeu várias rejeições. “Isso teve um grande impacto emocional. Sonhei com algumas universidades que me negaram, e foi difícil lidar”, relembra em entrevista ao G1.

Futuro promissor

Todo o esforço valeu a pena. Em 2024, Radymilla foi aprovada com bolsas parciais na Drexel University e na Stetson University. Em 2025, foi aceita na University of North Carolina at Chapel Hill, na University of Wisconsin-Madison e, com uma bolsa integral que cobre todas as despesas, na Georgia Institute of Technology (Georgia Tech) — onde vai estudar a partir de agosto.

Ela também ficou na lista de espera de instituições renomadas como a Washington University in St. Louis, University of Notre Dame, Wellesley College e Wake Forest University.

Agora, além de se preparar para a viagem, a jovem já sonha com os próximos passos: “Quero criar uma startup voltada para o ensino acessível de tecnologia e design. Quero que outros jovens do sertão e de escolas públicas vejam que também é possível.”



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