MP pede que morte de preso estrangulado em cela no interior do AC seja investigada

MP pede que morte de preso estrangulado em cela no interior do AC seja investigada

O Ministério Público do Acre (MP-AC) pediu que seja instaurado um inquérito para investigar a morte do detento Waldecir da Silva do Carmo, na segunda-feira (7) dentro da unidade prisional de Senador Guiomard, interior do Acre. A vítima foi estrangulada com um lençol de cama por um colega de cela.

O requerimento do órgão foi direcionado à delegacia de Senador Guiomard na quarta-feira (9). Ao G1, o delegado Carlos Bayma informou que um preso foi indiciado por homicídio duplamente qualificado. E, segundo ele, a delegacia recebeu o documento do MP para apuração de novos elementos e já instaurou o novo inquérito.

O promotor Tales Tranin, da 4ª Promotoria Criminal de Execução Penal e Fiscalização de Presídio, disse que solicitou à Polícia Civil uma investigação para descobrir o que de fato ocorreu na unidade. Ele disse que quer saber se houve omissão de socorro por parte dos policiais.

“O estado prende e tem a obrigação de cuidar e zelar pela integridade física e mental do preso. Tivemos notícia que houve uma briga antes, uma discussão entre esses dois na cela e depois veio o enforcamento. Então, quero saber se foi pedido socorro, onde estavam os policiais penais, porque eles têm que ficar atentos. Se já havia uma animosidade entre eles, se eram de facções diversas não podiam ter sido colocados na mesma cela. Tem que ter um critério para evitar esse tipo de coisa, porque a família não pode entregar um preso para o Estado e receber num caixão”, disse o promotor.

Preso confessou crime

Carmo e o colega estavam em isolamento na ala 22, cela 217, por desobediência e iniciaram uma briga após desentendimento. Segundo o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC), o preso foi puxado para o chão pelo colega de cela.

No chão, Carmo foi agredido com socos e ficou desacordado. Ainda segundo o suspeito do crime, um lençol da cama foi colocado em volta do pescoço da vítima para estrangulá-la.

O homem confessou que amarrou o lençol na grade para concluir o estrangulamento. Os policiais penais foram até a cela, mas o preso já estava morto.

O diretor-presidente do Iapen-AC, Arlenilson Cunha, informou que a equipe da divisão de assistência social foi acionada para acompanhar a família e o funeral do preso. Um procedimento administrativo foi instaurado pelo órgão para apurar o caso. 

FONTE: G1ACRE

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