A defesa do ex-assessor da Presidência Filipe Martins, um dos denunciados pela Procuradoria Geral da República, pedirá ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, a realização de acareações com o tenente-coronel Mauro Cid, delator da suposta trama golpista, e outros militares que o acusam.
Segundo a defesa de Martins, acusado de ter ajudado a elaborar a minuta do golpe, todas as referências contra ele são hipotéticas. Um exemplo, segundo seu advogado Ricardo Fernandes, é o do general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, que foi ouvido como testemunha.
“Primeiro, Freire Gomes diz que não conhece Filipe, depois diz que possivelmente ele o viu em uma reunião sobre o suposto golpe e que ele pode ter entregue um documento a Bolsonaro. É tudo na condicional, tudo possivelmente”, afirma o defensor.
Da mesma forma, o ex-assessor quer confrontar Cid pelas acusações que faz. “Tudo que Cid está denunciando é o trabalho normal do Filipe de assessor: imprimir documento, levar ao presidente, ler”, diz Fernandes.
Em nota, a defesa do ex-assessor afirma que “após ser preso por uma ‘viagem inexistente’, Filipe Martins foi denunciado por uma ‘minuta fantasma’, cuja existência nunca foi provada por ninguém e que só esteve presente nos devaneios mentirosos de um tenente-coronel delator e de uma polícia em desgraça”.
“Filipe Martins não aceitará essa violência política calado. Ele enfrentará seus algozes, exigirá acareação com Mauro Cid, denunciará todas essas ilegalidades para os tribunais internacionais e desmontará essa farsa com os fatos, certo de que, ao final, provará que tudo não apenas é falso, mas também nulo desde a origem”, afirma a defesa.
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